Rui Rio: Governo "deixou degradar o Serviço Nacional de Saúde" - TVI

Rui Rio: Governo "deixou degradar o Serviço Nacional de Saúde"

  • AM
  • 17 jan 2020, 18:40
Álvaro Almeida e Rui Rio são recebidos na Ordem dos Médicos

Presidente do PSD criticou a ministra da Saúde dizendo que esta "liga pouco ou nada aos profissionais que no dia-a-dia contactam com os problemas"

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu que o Governo socialista "deixou degradar o Serviço Nacional de Saúde", criticando uma ministra que "liga pouco ou nada aos profissionais que no dia-a-dia contactam com os problemas".

"Manda o bom senso que a ministra da Saúde ouça os profissionais. E o que é notório é que a ministra talvez ouça, mas ouvir ou não ouvir, não traz efeito prático nenhum. Liga pouco ou nada aos profissionais que no dia-a-dia contactam com os problemas. A gestão dos recursos humanos, diz-nos a Ordem dos Médicos, é quase inexistente. Este Governo, desde que tomou posse, deixou degradar o Serviço Nacional de Saúde", disse Rui Rio.

O líder do PSD, que falava aos jornalistas no Porto após uma reunião na Ordem dos Médicos em véspera de eleições internas no partido em que não teve agenda como candidato, disse que lhe "foram apontados graves erros de gestão", isto para além do "subfinanciamento na Saúde".

"Temos muito desperdício. É possível fazer muito mais. É possível fazer muito melhor. A qualidade é um elemento importante para reduzir o desperdício. E outro patamar, para melhorarmos, é que Portugal tem de produzir mais, temos de ter um Produto Interno Bruto maior", disse o presidente dos sociais-democratas.

Numa intervenção na qual se escusou a comentar a disputa eleitoral interna no PSD, bem como palavras do seu adversário, Luís Montenegro, Rui Rio disse que "não é coincidência" ter ido à Ordem do Médicos e ter ido a uma Unidade de Saúde Familiar em Lisboa porque, acrescentou, "apesar de estar em eleições internas e ter de despender muito tempo com isso", não deixa de ser presidente do PSD.

"E tenho de atender aos principais problemas do país e a saúde é efetivamente, desde que este Governo tomou posse, um dos mais, se não o mais grave problema e sobre o qual o Governo tem mostrado mais ineficácia. Vim perguntar qual a opinião da Ordem dos Médicos sobre como resolver em Portugal uma situação que é muito má", referiu Rui Rio.

Eleições “com certeza” não lhe tiram sono

O líder do PSD e candidato às eleições internas, Rui Rio, recusou comentar o ato eleitoral de sábado, uma segunda volta inédita no partido que, "com certeza", não lhe tira o sono.

No Porto, no final de uma reunião de cerca de duas horas com a Ordem dos Médicos em que participou enquanto presidente do PSD, Rui Rio não quis responder às questões dos jornalistas sobre as eleições para a liderança do partido, nas quais tem como adversário Luís Montenegro.

Mas perante a pergunta de um dos jornalistas sobre se este "é um assunto que não lhe tira o sono?", o líder do PSD e candidato respondeu: "Não vai tirar com certeza".

"Se eu procurei marcar a reunião com a Ordem dos Médicos hoje - eu sei que amanhã [sábado] há eleições diretas - para lá da importância desta reunião, juntei o útil ao agradável e permite-me hoje dedicar a um problema sério para o país”, declarou.

“Já disse tudo e mais alguma coisa e as pessoas amanhã [sábado] votam e ponto final. Estou aqui na qualidade de presidente do PSD e não de candidato. E estou consciente disso (...). Não estou aqui a tratar das eleições diretas, que já as tratei desde 21 de outubro", vincou.

Pela primeira vez na história do partido, no sábado, Rui Rio e Luís Montenegro vão novamente a votos, numa segunda volta, depois de o atual presidente do PSD ter sido o candidato mais votado na primeira volta com 49,02% dos votos expressos, seguido do antigo líder parlamentar, que obteve 41,42% do total. O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais Miguel Pinto Luz ficou em terceiro, com 9,55%, e fora da segunda volta.

Mais de 40 mil militantes do PSD com as quotas em dia podem votar nas diretas para escolher o próximo presidente, o mais baixo universo eleitoral de sempre no partido.

Na primeira volta, a participação rondou os 32 mil militantes - a menor em termos absolutos em eleições em que houve disputa -, mas a maior em percentagem: mais de 79% dos inscritos.

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