Unidos para «ajudar» o Serviço Nacional de Saúde - TVI

Unidos para «ajudar» o Serviço Nacional de Saúde

Saúde (Foto Cláudia Lima da Costa)

69 personalidades, entre as quais um ex-presidente e vários ex-ministros da Saúde criaram a Fundação Serviço Nacional de Saúde

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Sessenta e nove personalidades, entre as quais um ex-presidente da República, vários ex-ministros da Saúde e especialistas do sector, são até agora os fundadores da Fundação Serviço Nacional de Saúde, uma iniciativa de «cidadania responsável».

O ex-presidente da República Jorge Sampaio, os antigos ministros da Saúde Arlindo Carvalho, Paulo Mendo, Maria Belém Roseira, Luis Filipe Pereira, Ana Jorge, o «pai do Serviço Nacional de Saúde» (SNS), e especialistas como Manuel Antunes, Fernando Regateiro, ou Álvaro de Carvalho são alguns do nomes que aceitaram fazer parte desta fundação.

A iniciativa será esta quarta-feira apresentada durante a conferência «SNS ¿ Cidadania com Responsabilidade» e apresenta-se como «independente de qualquer outra entidade pública ou privada que pretende trabalhar em estreita colaboração com as autoridades de saúde para assegurar o bom exercício da sua missão».

Constantino Sakellarides, um dos promotores da iniciativa, enumerou as duas dimensões que esta fundação terá: uma «simbólica», no sentido de «não aceitar esperar que o mundo nos caia em cima» e uma outra mais prática para «ajudar de facto».

«Promover e apoiar a modernização e a inovação no SNS e ajudar a divulgá-la no espaço nacional e internacional» é um exemplo da dimensão prática que a fundação pretende alcançar.

Nas últimas semanas, disse Constantino Sakellarides, os fundadores recolheram «uma lista razoável de argumentos de que isto não é possível».

«Não iremos naturalmente menosprezar avisos de experiência feita, mas simplesmente não podemos acabar por aí», frisou.

Presente na conferência, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, considerou a criação da fundação como uma «iniciativa da sociedade civil» e «algo importante».

Contudo, Paulo Macedo sublinhou que «o SNS é um património mas não é uma estrutura imobilista».

«Não é para manter tudo o que tem», referindo-se depois a situações que na sua opinião devem mudar, como hospitais a poucos quilómetros de distância ou serviços de atendimento permanente com quatro utentes atendidos por noite.

Paulo Macedo desafiou ainda esta fundação a ter uma terceira área de intervenção, pronunciando-se sobre situações que classificou de «inadmissíveis», numa alusão às ameaças de discriminação de doentes por empresas que trabalham para o SNS.

«A crítica política está sempre assegurada. Se fosse só para isso, a fundação não seria original», disse.
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