Manuel Alegre entende que José Sócrates não mudou de personalidade, depois das eleições europeias. O primeiro-ministro apenas percebeu que é preciso «ler os sinais», afirma o deputado socialista.
A análise de Manuel Alegre foi feita numa cerimónia, na Amadora, onde esteve também Mário Soares. Este foi o primeiro encontro em público entre os dois antigos candidatos presidenciais, depois das eleições de 2006, e foram visíveis os sinais de constrangimento.
Manuel Alegre foi o primeiro a chegar à Amadora para a inauguração da Biblioteca Municipal Piteira Santos. Pouco depois chegou Mário Soares, mas a distância manteve-se durante longos minutos. Alegre acabou por ganhar coragem e foi ele quem cumprimentou Soares. Um reencontro, o primeiro em público, que os dois desvalorizaram.
E se é verdade que em circunstâncias como o Conselho de Estado já se encontraram algumas vezes desde as presidenciais em que foram adversários, também é notório que em público, três anos depois, ainda revelam incómodo e mantêm o constrangimento.
Quanto ao actual momento político, só Manuel Alegre arrisca uma leitura rápida sobre o comportamento de José Sócrates.
«[Sócrates] disse aquilo que muita gente disse, que é preciso ler os sinais, saber ver a realidade. Mas ele não mudou de personalidade: é ele próprio, e ainda bem que é ele próprio», afirmou aos jornalistas o deputado-poeta.
Mário Soares prefere guardar para mais tarde a análise sobre a derrota socialista nas eleições europeias de 7 de Junho.
Alegre: «Sócrates não mudou de personalidade»
- Redação
- Carla Moita (Reportagem)
- 19 jun 2009, 22:19
Primeiro-ministro apenas percebeu que é preciso «ler os sinais» da derrota nas Europeias, afirma o deputado socialista
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