Programa do PS: BE diz que se mantém «economia de casino» - TVI

Programa do PS: BE diz que se mantém «economia de casino»

Francisco Louçã

Francisco Louçã considera que documento é «totalmente continuista» e PCP diz que provoca uma «certa incredibilidade»

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(ACTUALIZADA ÀS 13:20)

O Bloco de Esquerda considera que o programa eleitoral do PS, apresentado esta quarta-feira por José Sócrates, em Lisboa (leia aqui em PDF), mantém a «vertigem de uma economia de casino» e é «totalmente continuista».

Para o líder bloquista, Francisco Louçã, no documento socialista «não há nada de novo e é tudo de velho». «A marca que quero sublinhar num comentário preliminar é que o Partido Socialista apresentou um programa totalmente continuista», disse, citado pela agência Lusa. «Promete resposta à crise através de acções sociais misericordiosas, mas no essencial mantém a vertigem de uma economia de casino, de uma facilidade a grandes negócios».

Entre estes negócios, Louçã aponta a «privatização da EDP, da GALP e a possibilidade de privatização das Águas de Portugal». «Ou seja, a constituição de grandes monopólios para rendas privadas utilizando o bem público», sublinhou.

O líder do BE disse ainda que o Executivo socialista foi um dos «principais factores com o Código de Trabalho» que contribuiu para o estrangulamento da economia e agravamento da «situação do desemprego e precariedade». «Em tudo isso, o Partido Socialista continua exactamente o caminho que tem trazido a este desastre económico», anotou.

Por seu lado, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, refere que o programa eleitoral socialista dá a sensação de uma «certa incredibilidade» ao conter medidas e ideias que não foram concretizados nos últimos anos.

Para este responsável, citado pela Lusa, o programa «não se traduz em nenhuma alteração ou mudança nas questões fundamentais na política», mantendo-se a «obsessão pelo défice» que conduz à «redução de investimento público, de apoios sociais e de redução de apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME)».

Os comunistas criticam ainda algumas «medidas vagas» como a de «elevação do salário mínimo nacional», sem referência a montantes concretos, e recorda a proposta do PCP de elevação do salário mínimo até 600 euros em Janeiro de 2013.
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