PS diz que PSD está num «furor neoliberal

«Furor neoliberal». Foi este o diagnóstico que o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, fez do PSD, que acusou de querer rasgar «soluções, tratados e até pactos» que tinha firmado e de não ter uma «ideia de saída para o país».

«O PSD está habituado a rasgar as coisas, porque não assume responsabilidades», disse o deputado socialista, durante o debate desta tarde sobre o Estado da Nação, recordando o «pacto do TGV», da «Justiça», da «lei eleitoral autárquica».

«Num furor neoliberal, o PSD retoma a prática de rasgar soluções, tratados e até pactos», disse, frisando que este posicionamento retira credibilidade aos sociais-democratas.

Alberto Martins descreveu ainda a intervenção do líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, como um «conjunto de retalhos». «Não há uma ideia de saída para o país», apontou.

«Ao rasgar certas opções económicas e sociais, os senhores estão a rasgar a vida das pessoas, de muitas pessoas», anotou, questionando o PSD sobre aquilo com que pretende rasgar em termos de políticas sociais. «O PS não permitirá que os senhores rasguem isto», disse. «Nós defendemos o Estado social».

De seguida, foi José Sócrates que carregou as cores da intervenção de Alberto Martins, ao dizer que o programa do PSD «se resume a um verbo: rasgar». «Mas do é que estávamos

à espera de um partido que não foi capaz de apresentar uma ideia para o pais?», questionou o primeiro-ministro, dizendo que o programa social-democrata «se destina a desfazer o que os outros fizeram».