CDS quer ouvir chefe do Estado-Maior do Exército sobre caixa de petardos - TVI

CDS quer ouvir chefe do Estado-Maior do Exército sobre caixa de petardos

  • CP, com Lusa
  • 3 nov 2017, 12:18
Rovisco Duarte

Democratas-cristãos querem perceber como foi possível o material recuperado na Chamusca não bater certo com o que tinha sido roubado em Tancos

O CDS-PP requereu a audição parlamentar do chefe do Estado-Maior do Exército para prestar esclarecimentos sobre o aparecimento de uma caixa de petardos a mais na relação do material militar furtado em Tancos e recuperado na Chamusca.

No requerimento, que deu entrada esta sexta-feira no parlamento, os deputados do CDS-PP requerem a audição do general Rovisco Duarte na comissão de Defesa Nacional para "clarificar com maior pormenor" a "falha de correspondência" entre o material militar recuperado pela Polícia Judiciária Militar na Chamusca e a lista do que tinha sido furtado em Tancos.

Por outro lado, o CDS-PP quer mais esclarecimentos sobre "o processo de transferência do equipamento militar para outras instalações militares partilhadas pelos restantes ramos das Forças Armadas" e sobre a criação do sistema de segurança "que assegure a salvaguarda daquele equipamento".

Na passada terça-feira, o general Rovisco Duarte revelou que apareceu uma caixa de petardos a mais na relação do material furtado nos paióis de Tancos recuperado pela Polícia Judiciária Militar, situação que considerou "compreensível".

Em conferência de imprensa na Unidade Apoio Geral Material do Exército (UAGME), Benavente, Santarém, para fazer o ponto da situação da desativação dos Paióis de Tancos, Rovisco Duarte confirmou que o material recuperado na Chamusca "se encontra armazenado nas instalações de Santa Margarida, exceto as munições de 9 milímetros".

O general Rovisco Duarte revelou em seguida que na relação do material encontrado "existe uma caixa a mais [de petardos], que não constava da relação inicial" do material furtado.

Rovisco Duarte considerou que a "ligeira discrepância" é "perfeitamente compreensível", dizendo que o material em causa era utilizado na instrução, podendo ter sido registada a sua saída e não ter sido na realidade consumido por várias razões, como por exemplo atmosféricas, regressando ao paiol.

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