A decisão de Albano Pinto aconteceu já no final do inquérito do caso de Tancos, a poucas semanas do despacho de acusação. Os procuradores do processo tinham uma lista de perguntas que queriam enviar a Marcelo Rebelo de Sousa e a António Costa, mas o diretor do DCIAP não permitiu.
Numa nota à imprensa, a Procuradoria-Geral da República dava conta do sucedido e dizia mesmo que os magistrados do Ministério Público aceitaram os argumentos do superior hierárquico. A mesma publicação revelava que os procuradores não tinham ficado satisfeitos e quiseram que tudo ficasse por escrito, num apenso fora do processo de Tancos.
Na semana passada a Procuradora-Geral da República reforçava que nada teve a ver com a decisação do diretor do DCIAP e que o assunto vai ser analisado no plenário do Conselho Superior do Ministério Público para perceber a dicotomia entre a autonomia dos procuradores e os poderes hierárquicos.