BE disse a Maria Luís Albuquerque que recusa descida da TSU - TVI

BE disse a Maria Luís Albuquerque que recusa descida da TSU

Pedro Filipe Soares [Lusa]

Ministra das Finanças está esta sexta-feira a ouvir os partidos no Ministério

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O Bloco de Esquerda (BE) considerou esta terça-feira inaceitável a possibilidade de o governo baixar a Taxa Social Única (TSU) para as empresas e prometeu combater a medida, caso o governo avance com a ideia.

«Ficámos com a perceção que há vontade de alterar a TSU e isso para o BE é inaceitável, porque consideramos que não podem ser os trabalhadores a pagar a sustentabilidade da segurança social», disse o deputado do BE, Pedro Filipe Soares, aos jornalistas no final de uma reunião no Ministério das Finanças.


De acordo com o deputado, o governo não apresentou quaisquer medidas, mas mostrou intenção de baixar a TSU ao admitir que não deixou cair os estudos sobre esta taxa.

«Se o governo prosseguir com a redução da TSU para as empresas, combateremos a medidas com todos os nossos meios», disse o deputado, acrescentando que a redução da TSU deixaria a segurança social mais frágil e isso significaria mais cortes na proteção social.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, acompanhada do secretário de Estado do Orçamento, Hélder Reis, e do secretário de Estado-adjunto do vice-primeiro-ministro, Morais Leitão, vai receber todos os grupos parlamentares até ao final do dia para a preparação dos documentos no âmbito do semestre europeu, nomeadamente, o Plano Nacional de Reformas, Reformas Estruturais e Reformas Orçamentais.

O Bloco de Esquerda aproveitou a reunião para reafirmar medidas que tem vindo a apresentar nos últimos tempos para o fim da austeridade e a criação de emprego de qualidade e que já tinha enviado à titular da pasta das Finanças no passado dia 27 de março como contributo para o Plano Nacional de Reformas.

«Há que atacar os desequilíbrios e constrangimentos existentes nos países e na União Europeia e não continuar a alimentá-los com medidas recessivas. O Plano Nacional de Reformas de Portugal deve ter uma posição clara e corajosa neste sentido», diz o documento dirigido à ministra e citado pela Lusa.
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