"Para além da tralha socrática, este é um Governo social-comunista", atirou
O deputado do CDS recuperou várias citações de António Costa para disparar críticas ao "primeiro-ministro não eleito do Governo de Portugal" - a expressão que utilizou logo no início da intervenção. Lembrou uma intervenção de 2002, na altura Costa como líder da bancada do PS, onde o agora chefe do Governo acusava o CDS de ser "uma espécie de banquinho" que o PSD usava "para chegar ao governo e ficar mais alto". Telmo Correia aplicou "a tese" à atual situação política, defendendo que PCP e BE são dois "banquinhos pequeninos separados entre si" e Costa, um primeiro-ministro "pequenino" que se tenta "equilibrar" entre os mesmos.
"Vamos aplicar esta tese e este conceito à atual maioria: dois banquinhos pequeninos, um deles com uma perna falsa, separados entre si, o primeiro-ministro muito mais pequenino, a ver se se consegue equilibrar entre os dois banquinhos."
Recordou ainda que o primeiro-ministro considerou a aliança à esquerda como a queda de um muro de 40 anos, sublinhando que, para a direita, o muro continua lá, "o PS é que caiu para o outro lado do muro".
"O PS diz que caiu um muro com 40 anos. Do ponto de vista ideológico o muro está lá, como sempre esteve. O muro está, o que caiu foi o PS para o outro lado do muro."
Palavras que serviram para expor as “dúvidas” que pairaram ao longo do debate: "a solidez da maioria parlamentar", "a estabilidade politica que conseguem garantir" e "o caminho que vão seguir e os seus resultados".
Telmo Correia criticou ainda Mário Centeno, que discursou na véspera, pelo facto de o ministro com a pasta das Finanças não ter apresentado "nenhum número".
E depois de Portas se ter referido aos BBF's de António Costa, Telmo Correia usou a língua francesa para vincar que o líder socialista escolheu os seus "companheiros de viagem". Desejou-lhe uma viagem sem acidentes, sim, mas "breve".
"Escolheram os vossos compangnon de route. Escolheram o trajeto e a velocidade. O que podemos dizer é boa viagem. E que não haja acidentes porque os vossos acidentes e imprudências normalmente quem paga são os portugueses."