Presidenciais: Tiago Mayan quer "devolver o poder ao seu dono, o cidadão" - TVI

Presidenciais: Tiago Mayan quer "devolver o poder ao seu dono, o cidadão"

Apoiado pela Iniciativa Liberal, o candidato apresentou a sua visão para a liderança do país

O candidato à Presidência da República, Tiago Mayan Gonçalves, foi entrevistado esta segunda-feira por Miguel Sousa Tavares, no Jornal das 8 da TVI.

Apoiado pela Iniciativa Liberal, o candidato começou por referir que tem o perfil adequado às "ideias e valores" defendidos pelo partido.

Tiago Mayan Gonçalves considera que é necessário para Portugal e para o eleitorado que exista alguém com um "pendor liberal".

Questionado sobre aquilo que traz de diferente, o candidato diz que a sua ideia para o país é "devolver o poder ao seu dono, o cidadão".

Os portugueses estão, neste momento, limitadíssimos nas suas capacidades de escolha, de agir, por um Estado que bloqueia as suas capacidades de escolha", referiu, aludindo à "carga fiscal pesadíssima".

Em jeito de crítica ao atual Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, Tiago Mayan Gonçalves fala num chefe de Estado que compactua com as ações do Governo, relembrando a sua posição contra o estado de emergência que atualmente vigora em Portugal, como forma de conter a pandemia de covid-19.

O que nós enfrentávamos era uma crise de saúde pública, neste momento é muito maior", disse, focando-se no lado económico.

Em alternativa ao estado de emergência, Tiago Mayan Gonçalves defende medidas exclusivamente focadas na saúde pública. Questionado sobre como iria travar os contágios, o candidato fala em "incompetência do Governo" por não ter negociado os serviços de saúde com os privados.

A oferta de saúde pública devia ter sido negociada há mais tempo. Porque não foi negociada morreram pessoas", afirmou.

Sobre o atual Presidente da República, Tiago Mayan Gonçalves lembrou os incêndios de Pedrógão Grande, o assalto a Tancos e o surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz, naquilo que apelidou de "colaboracionismo" com o Governo de António Costa.

Para o candidato a Belém, a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa é clara, e existe uma estratégia para a reeleição por trás do referido colaboracionismo.

Para um Presidente a sério, o candidato disse que não poderiam ter existido "portas giratórias" do Ministério das Finanças para o Banco de Portugal, referindo-se a Mário Centeno, que transitou de ministro daquela pasta para governador da instituição.

Questionado sobre a posição da Iniciativa Liberal no panorama político, o entrevistado disse que o partido tem, tanto a nível nacional como no parlamento regional dos Açores (onde elegeu um deputado recentemente), o papel de oposição.

O partido apresentou recentemente algumas propostas para rever a Constituição. Questionado por Miguel Sousa Tavares sobre o que o incomoda no documento, Tiago Mayan Gonçalves apontou a "carga ideológica", acrescentando que esse ponto "não é uma prioridade" para si, enquanto candidato à Presidência da República.

Uma das propostas defendidas por Tiago Mayan Gonçalves é a taxa única, um imposto sobre o rendimento que não é progressivo, ao contrário do atual IRS. O candidato explicou que a medida abrange um limiar de exceção, sendo que "ninguém vai pagar mais" e "praticamente toda a gente vai pagar menos".

Sobre o impacto da medida nas contas do Estado, Tiago Mayan Gonçalves diz que o cálculo foi feito em dois mil milhões de euros de gastos acrescidos, sublinhando que esse valor é "desconsiderando todas as consequências positivas".

Pôr mais dinheiro no bolso das pessoas significa que vão consumir mais e isso significa mais dinheiro em impostos como o IVA", vincou.

TVI pretende entrevistar todos os candidatos presidenciais que têm, direta ou indiretamente, apoio parlamentar.

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