O candidato presidencial apoiado pela Iniciativa Liberal, Tiago Mayan Gonçalves, considerou esta segunda-feira que Marcelo Rebelo de Sousa terminou "finalmente a farsa" em torno da recandidatura, apontando que este foi "o tabu mais mal guardado dos últimos anos".
Foi o ponto final no tabu mais mal guardado dos últimos anos. Só estranhei que Marcelo Rebelo de Sousa não tivesse anunciado a recandidatura na AutoEuropa, junto a António Costa, optando por uma pastelaria, já fora da hora de fecho imposta pelo seu estado de emergência", refere, em comunicado, o candidato às eleições presidenciais de janeiro.
Tiago Mayan Gonçalves afirma igualmente que "a encenação da dúvida sobre a recandidatura" do atual chefe de Estado "foi prolongada até ao limite para atrasar ao máximo o momento em que teria de responder pelo seu mandato cúmplice em relação ao governo socialista".
O candidato considera igualmente que, "ao longo dos cinco anos de mandato, não houve um passo de Marcelo que não tivesse como objetivo a reeleição", e acusa o Presidente da República de ter privilegiado "a sua agenda pessoal em desfavor dos interesses dos Portugueses".
Terminada finalmente a farsa, vamos ao combate", desafia.
Na mesma linha, o candidato presidencial e líder do Chega, André Ventura, considerou que Marcelo Rebelo de Sousa protagoniza a "candidatura do governo socialista" às eleições de janeiro e que o atual chefe de Estado alimentou um "tabu desnecessário".
A candidatura de Marcelo é a candidatura do Governo socialista a estas eleições, sem tirar nem pôr. Incêndios, orçamento, pandemia e crise, sempre esteve lá Marcelo ao lado de António Costa", criticou Ventura, em comunicado.
O presidente do Chega considerou que a recandidatura a Belém do atual chefe de Estado já era esperada, tendo sido "um tabu desnecessário, alimentado durante meses, com o único objetivo de confundir os portugueses".
Marcelo diz representar a candidatura do 'orgulho português' e da social-democracia mas esta é, na verdade, a candidatura socialista a estas eleições, a candidatura de António Costa", prosseguiu.
André Ventura disse que será "firme e convicta oposição" à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa na corrida presidencial, que classificou como a "candidatura socialista que faltava apresentar".
Marcelo Rebelo de Sousa anunciou esta segunda-feira que se vai recandidatar ao cargo de Presidente da República nas eleições de 24 de janeiro de 2021.
O chefe de Estado justificou que cumpre "um dever de consciência" ao recandidatar-se a Presidente da República e afirmou que não iria "sair a meio de uma caminhada exigente e penosa" na atual conjuntura de pandemia.