Presidenciais: Mayan aponta incapacidade de comunicação do Governo e "incongruências" de Marcelo - TVI

Presidenciais: Mayan aponta incapacidade de comunicação do Governo e "incongruências" de Marcelo

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  • 20 jan 2021, 16:46

Candidato afirmou que o contexto da pandemia “é efetivamente preocupante”

O candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves afirmou esta quarta-feira que o contexto da pandemia “é efetivamente preocupante” e apontou a “absoluta incapacidade de comunicação” do Governo e as “incongruências” e comportamento “errático” do atual Presidente da República. 

Estamos a chegar a um cenário a que jamais pensaríamos chegar e eu tenho de reiterar que há responsabilidades por isto. Não quero assacar responsabilidades agora porque estamos num momento de tal crise e drama que temos é de pensar o que fazer para correr atrás do prejuízo”, afirmou aos jornalistas, no Porto, após um encontro ‘online’ com a Associação Académica de Coimbra.

Portugal registou hoje 219 mortes relacionadas com a covid-19 e 14.647 novos casos de infeção com o novo coronavírus, os valores mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Questionado sobre a atuação do Presidente da República, que hoje visitou uma escola, numa altura que em que se pondera o enceramento dos estabelecimentos de ensino, Mayan disse já ter visto do recandidato Marcelo Rebelo de Sousa “comportamentos totalmente erráticos e não coincidentes com o seu próprio discurso”.

Chegamos até ao ponto caricato de ver o senhor Presidente que estava à espera do resultado de um teste sair de uma instituição de apoio social, ser-lhe anunciado o resultado do seu exame e ele depois anunciar que os portugueses não estavam a cumprir e que provavelmente tinha de haver mais confinamento. Se não há incongruências em todo este cenário eu não sei o que é então incongruência”, frisou.

Tiago Mayan falou também de uma “absoluta incapacidade de comunicação por parte do Governo relativamente às medidas que são absolutamente necessárias” e que defende que têm de ser comunicadas de “forma clara e percetível”.

“Já são dois meses e meio de estado de emergência nesta fase, com contínuas medidas avulsas anunciadas, mas também com contínuas exceções que, ou não são percetíveis, ou são percetíveis, mas não são as adequadas depois, porque são constantemente mudadas”, salientou.

Na sua opinião, se o Governo “não mudar também o estilo de comunicação, é impossível aos portugueses perceberem o que é que efetivamente é útil e necessário fazer neste momento”.

E se for preciso ir mais além do confinamento já aplicado, o candidato defendeu que o Governo “tem de assumir as responsabilidades dessa decisão”.

E repetiu que, se o executivo “manda fechar atividades, tem de entregar o cheque disso, se manda alunos para casa, tem de arranjar soluções para as famílias”.

“Eu sei que somos já um país pobre e o que temo é que já não haja recursos para isso, mas então os recursos que estão a caminho têm de ser decididos a isso e estou a falar dos fundos europeus”, sublinhou.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para domingo e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Portugal contabilizou hoje 219 mortes relacionadas com a covid-19 e 14.647 casos de infeção com o novo coronavirus, os valores mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS). 

Desde o início da pandemia, morreram 9.465 pessoas dos 581.605 casos de infeção confirmados em Portugal.

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