Tratado: «Pressão» e «chantagem» sobre irlandeses - TVI

Tratado: «Pressão» e «chantagem» sobre irlandeses

Irlanda diz sim ao Tratado de Lisboa

Jerónimo de Sousa classifica processo de «anti-democrático». Já Paulo Portas ficou satisfeito com resultado

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Jerónimo de Sousa classificou, este sábado, de «anti-democrático» o processo que levou à aprovação do Tratado de Lisboa na Irlanda.

«Para perceber este sim é preciso compreender um processo de pressão e de chantagem sobre um país e um povo que está com grandes dificuldades económicas», disse aos jornalistas, à margem de um jantar-convívio com cerca de 250 apoiantes, na Quinta do Conde, Sesimbra, refere a Lusa.

O líder comunista criticou «quem se vanglorie com este resultado, negando o outro, como se fosse possível esta ideia que as eleições só servem quando os resultados servem os nossos interesses».

«É anti-democrático que a vontade de um povo que se pronunciou pelo não seja mau e agora, só porque disse sim, é bom», sublinhou.

Jerónimo de Sousa destacou ainda o conteúdo do Tratado de Lisboa, considerando que o documento «nunca deveria valer como lei da União Europeia»: «O seu carácter neoliberal, militarista e federalista não é bom para os povos, não é bom para uma Europa de paz, de cooperação, de respeito mútuo entre nações iguais e livres.»

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Já Paulo Portas congratulou-se com a vitória do sim. «É bom para a estabilidade da Europa e significa um reforço da confiança no Tratado de Lisboa», disse à Lusa.

O líder do CDS-PP destacou também «a vantagem de construir a Europa ouvindo as nações» ao considerar que «o referendo é o melhor processo de ratificação», uma vez que «implica lidar com a diferença».

Portas adiantou que «os irlandeses, com este segundo referendo, tiveram ganhos para a sua identidade e liberdade nacionais». «Portugal teve um papel importante no desenho deste tratado. Também nessa medida o sim irlandês ajuda à reputação internacional do nosso país e da nossa diplomacia», concluiu.
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