Militantes vão recorrer ao TC contra revisão de estatutos do PS - TVI

Militantes vão recorrer ao TC contra revisão de estatutos do PS

Seguro

Grupo vai requerer uma providência cautelar para impugnar decisão da Comissão Nacional do partido

Um grupo de militantes socialistas vai requerer uma providência cautelar e recorrer ao Tribunal Constitucional para impugnar a decisão tomada em Comissão Nacional do PS de aprovar uma revisão dos estatutos deste partido.

Em declarações à agência Lusa, o militante do PS/Madeira Aires Pedro disse que a providência cautelar e o recurso ao Tribunal Constitucional surgem na sequência da deliberação da Comissão Nacional de Jurisdição do PS, que considerou improcedente o pedido deste grupo de militantes para impugnar o processo de revisão de estatutos aprovado a 30 de março do ano passado [na Guarda] e no domingo passado [em Mangualde] em reuniões da Comissão Nacional do PS.

O presidente da Comissão Nacional de Jurisdição do PS, o deputado Ramos Preto, disse à agência Lusa que a decisão sobre este recurso foi tomada sábado passado, mas recusou-se a especificar o seu teor.

Aires Pedro adiantou que a Comissão Nacional de Jurisdição do PS estabeleceu «um prazo de cinco dias» - e não de 15 dias, conforme está previsto nos próprios estatutos do partido para rejeitar os recursos - para a apresentação de recursos das decisões tomadas na Comissão Nacional do PS realizada na Guarda a 30 de março passado.

No conjunto de recursos, que agora foi rejeitado pela Comissão Nacional de Jurisdição do PS, está um apresentado pelos deputados Isabel Santos e Renato Sampaio.

Os recursos apresentados têm como ponto comum de ataque face a uma alegada ilicitude o facto de o último Congresso Nacional do PS, realizado em setembro do ano passado, em Braga, não ter dado poderes de revisão estatutária à Comissão Nacional do PS.

Samuel Pires, militante da Federação da área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, referiu que a «providência cautelar interposta» se destina a evitar que o processo de revisão dos estatutos «tenha já efeitos imediatos».

Na revisão de estatutos proposta pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, prevê-se alterações na capacidade eleitoral dos militantes e a possibilidade de eleições diretas na escolha de candidatos socialistas a presidentes de Câmara e a deputados.
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