"É com perplexidade que recebemos essa declaração do primeiro-ministro, porque aparentemente ele não sabe que o Orçamento do Estado já hoje é o garante último do pagamento de pensões. Desde 2012 que o Governo de Passos Coelho transfere todos os anos mais de 800 milhões de euros para financiar as pensões atuais"
Em declarações à Lusa, João Galamba acusou ainda o atual Governo de ter sido o primeiro que, "na sequência do brutal aumento de impostos e da brutal austeridade, criou um défice contributivo no sistema de Segurança Social".
"As políticas de cortes salariais e de destruição do emprego retiraram do sistema de Segurança Social cerca de oito mil milhões de euros. A diferença é que o PS não se propõe a destruir emprego e cortar salários, mas, antes, investir na sustentabilidade do sistema de Segurança Social", contrapôs.
O dirigente socialista defendeu que o seu partido pretende estimular o investimento e a criação de emprego e melhorar os salários, combatendo a precariedade no mercado laboral. "Isso é defender a sustentabilidade do sistema de Segurança Social", advogou, antes de referir que o PS, pelo contrário, "recusa a lógica sacrificial do primeiro-ministro baseada nos cortes".
"Ao contrário do brutal aumento de impostos feito pelo atual primeiro-ministro, o PS apresenta propostas que são conhecidas dos portugueses, já que resultaram de um trabalho rigoroso, publicamente reconhecido pela sua credibilidade", acrescentou.