Portas preocupado com IVA no golfe e na restauração

Paulo Portas defende que impostos altos no sector do turismo podem afastar os estrangeiros, que contribuem para criar crescimento e reduzir o endividamento do país.

«Uma fiscalidade muito pesada contribui para que [os turistas] escolham outros destinos», disse esta segunda-feira de manhã o líder do CDS-PP. Paulo Portas falava numa Unidade de Cuidados Continuados de Gouveia, após ter visitado a Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Seia.

Confrontado com a intenção do Governo de baixar o IVA do golfe para 6% e com a possibilidade de o PSD compensar a redução da Taxa Social Única com o aumento dos impostos na restauração, Portas avisou que é preciso «muito cuidado» em relação à «competitividade fiscal» do sector do turismo.

Até porque, insistiu, «não somos os únicos a ter mar, sol e montanha». «É preciso olhar para o IVA de Espanha e França, que são os nossos principais competidores no turismo».

Sempre com a máxima «prudência», Paulo Portas recusou comprometer-se com números, num claro aviso ao PSD. «Eu não digo coisas menos bem pensadas, porque não podemos ter objectivos contraditórios entre a consolidação das finanças públicas, o crescimento económico e a redução do endividamento».

O líder do CDS garantiu que primeiro é preciso ter «acesso aos dados da fiscalidade da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI)», antes de «falar solidamente» sobre possíveis aumentos ou reduções de impostos.