A «lição de Berlim», segundo Cavaco - TVI

A «lição de Berlim», segundo Cavaco

Cavaco Silva

Presidente da República em visita à Alemanha recorda queda do muro de Berlim

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O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu esta terça-feira a rejeição de «todos os proteccionismos e nacionalismos», considerando que são «muito perigosos em termos políticos». Em visita a Alemanha, o Presidente considerou ainda que a queda do muro de Berlim é uma «lição» de superação das dificuldades.

Cavaco Silva, defendeu a aplicação da «lição de Berlim» para recuperar a economia e combater o desemprego, recordando como há 20 anos os berlinenses avançaram com esperança para por fim à divisão.

«Bem precisamos de atender à lição de Berlim, a fórmula como, com esperança, se avançou para pôr fim à divisão», afirmou o Presidente da República. Porque, acrescentou, é com «esperança» que poderemos ajudar à recuperação da economia e «combater a chaga que é o desemprego».

Mais tarde, durante a visita que realizou ao final da manhã à Câmara Municipal de Berlim, Cavaco Silva voltou a deixar elogios à força e carácter do povo alemão pela forma como soube «vencer as adversidades do passado».

«Há precisamente 20 anos, mostraram ao mundo que não existem muros capazes de separar os homens, mas que existem homens capazes de derrubar muros, quando estes procuram amordaçar a liberdade, dividir famílias, amigos, pessoas, separar ideias, projectos de vida, caminhos que se percorreram em comum», afirmou numa intervenção da Câmara de Berlim, referindo-se à queda do muro de Berlim, em Novembro de 1989.

Por isso, acrescentou, «no tempo difícil que vivemos, seria bom que nos lembrássemos deste exemplo».

O perigo do proteccionismo

«É preciso rejeitar todos os proteccionismos e nacionalismos, são muito perigosos em termos políticos», afirmou Cavaco Silva, segundo a agência Lusa, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente alemão, Horst Köhler, no Palácio Bellevue, em Berlim.

Reiterando a necessidade de se ultrapassar os «problemas institucionais» que impedem a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, o chefe de Estado insistiu que o documento permitirá à Europa estar «mais em preparada» para enfrentar a crise económica que atravessa.

«A crise veio mostrar de forma inequívoca que é preciso mais e melhor Europa. A União Europeia precisa de mostrar a sua coesão e falar a uma só voz na cena internacional», sublinhou.

A crise foi, aliás, um dos temas abordados pelos Presidentes português e alemão no encontro de cerca de meia hora que tiveram no Palácio de Bellevue, o primeiro ponto da agenda da visita de Estado de Cavaco Silva à Alemanha, que começou hoje e termina sexta-feira.

«Fizemos uma avaliação da crise económica, da crise global, que afecta a Alemanha e a Europa e dos esforços conjuntos que é preciso fazer para encontrar uma solução», adiantou também o presidente alemão, na conferência de imprensa conjunta com Cavaco Silva.
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