Mário Soares oferece-se para melhorar relações entre Portugal e Angola - TVI

Mário Soares oferece-se para melhorar relações entre Portugal e Angola

Polémica sobre as investigações em curso ao procurador-geral da república de Angola «não é positiva para ninguém»

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Mário Soares está disponível para um papel na melhoria das relações entre Portugal e Angola e restantes países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, afirmou o ex-Presidente da República ao «jornal i».

«Desejaria ainda no meu tempo desenvolver esforços mútuos para estabelecer e dinamizar parcerias com instituições angolanas e de todos os outros países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, no sentido de legar aos jovens a importância da luta comum dos nossos povos», diz o ex-chefe de Estado, na qualidade de presidente da Fundação Mário Soares, na edição deste sábado do diário.

Mário Soares é da opinião que a polémica desencadeada pela notícia do semanário «Expresso» sobre as investigações em curso em Portugal ao procurador-geral da república de Angola «não é positiva para ninguém» e que o investimento angolano em Portugal «é útil, necessário e bem-vindo».

Há uma semana, o «Expresso» noticiou que o procurador-geral da República angolano, João Maria de Sousa, estava a ser investigado pelo Ministério Público português, por «suspeita de fraude e branqueamento de capitais», a que o diário estatal angolano «Jornal de Angola» reagiu, dizendo que os investimentos angolanos não eram bem-vindos em Portugal e deviam acabar.

Disponibilizando-se «para tudo fazer em nome das relações entre os dois povos», Mário Soares sustentou que o cargo de procurador-geral da República de Angola «deve merecer acrescido respeito institucional no quadro das relações que têm que ser salvaguardadas entre os dois países».

O ex-Presidente português defendeu ainda que «a importância da comunidade portuguesa em Angola e da comunidade angolana em Portugal tem de estar sempre presente».

«Equívocos eventualmente existentes devem ser desfeitos com boa vontade recíproca», acrescentou, para depois recordar que, no exercício da advocacia, defendeu antes do 25 de abril de 1974 dirigentes do MPLA no tribunal plenário de Lisboa, e ainda que chegou a estar preso no Aljube ao lado de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola.
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