MNE: candidatura da Islândia à UE não deve ter privilégios - TVI

MNE: candidatura da Islândia à UE não deve ter privilégios

Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros - Foto Lusa

Luís Amado recorda as propostas mais antigas e presidência sueca da UE garante que a ilha não vai beneficiar de um processo acelerado

(ACTUALIZADA ÀS 11:19)

A candidatura da Islândia à União Europeia não pode colocar em causa outras mais antigas, defendeu esta segunda-feira, em Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.

O ministro falava à entrada para uma reunião dos chefes de diplomacia da UE, na qual os 27 vão debater pela primeira vez a candidatura islandesa, formalizada na última semana.

Para o governante português, a vontade de Reiquejavique só «revela que a União Europeia é um projecto que tem um grande poder de atracção» e que «o projecto está bem vivo e atrai os seus vizinhos».

Amado lembrou ainda que também a Albânia manifestou vontade de entrar no clube dos 27 e acrescentou que «em particular a Islândia, por força da crise que conheceu, mudou o seu comportamento e a sua atitude em relação à União Europeia, embora ainda com grande divisão interna», aludindo ao resultado «muito escasso» obtido no Parlamento islandês.

O ministro recordou ainda os pedidos em formalizados há mais anos pela Croácia, Sérvia e Turquia.

Após a realização do parecer saído desta reunião, o documento será remetido ao Conselho, que decidirá se a Islândia assumirá o estatuto de país candidato.

Entretanto, a presidência sueca da União Europeia revelou esta manhã, em Bruxelas, que a Islândia não irá beneficiar de um processo acelerado de adesão à UE, apesar de o país estar mais adiantado que outros no processo de adesão.

Em declarações aos jornalistas, o ministro dos Estrangeiros sueco, Carl Bildt, referiu que «não se prevê um processo acelerado para a Islândia, mas claramente o caminho será menos longo», tendo em conta que este país já ser membro do mercado comum europeu e do espaço Schengen. Assim sendo, a Islândia já aplica três quartos das leis europeias.
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