O povo pede e Santana promete - TVI

O povo pede e Santana promete

Santana Lopes

Candidato a Lisboa aponta moradas e promete resolver problemas dos eleitores

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Santana Lopes já ficou conhecido por ser um candidato de pé apressado, mas não é por isso que dedica menos atenção a quem o procura. O social-democrata ouve queixas demoradas, aponta moradas, promete falar com autarcas de outros partidos e marca reuniões na junta de freguesia. Santana é procurado, mas como todos os políticos não deixa de ser apupado.

«Só cá vem nas eleições!» e «Já cá está outra vez!!» foram alguns dos «assobios» ouvidos no mercado de Benfica visitado na manhã desta quinta-feira por Paulo Portas e Santana Lopes. Os dois ex-governantes encontraram-se à porta e percorrem o mercado em poucos minutos. Muitos beijinhos e cumprimentos a gente já conhecida destas correrias. «Lembra-se do que me prometeu? Olhe que eu votei em si», ouve Paulo Portas, bem-amado nestes palcos.

Mas é Santana quem chama mais atenção e a quem o povo se dirige para pedir que os problemas do dia-a-dia sejam resolvidos. «Sou portuguesa, descontei durante 30 anos e preciso de mais apoio», diz uma habitante da Buraca indignada com o dedo em riste no rosto de Santana. O candidato ouve e apesar de não poder ajudar, por a queixosa não ser residente Lisboa, promete falar com Joaquim Raposo, presidente da Amadora.



É já nas ruas de Benfica que Santana é abordado por um morador que lhe pergunta se gosta de jogo. Santana responde que não e o morador revoltado acusa-o de ter aberto uma casa de jogo nas ruas de Benfica. «Nunca fiz nenhum e sou contra», responde o candidato. O eleitor parte e a barafustar diz que o espaço está lá há 10 anos e «ninguém faz nada». «Há dez anos não estava na câmara», ainda retorquiu Santana, novamente de passo apressado.

«É um homem que até mete respeito», «Vamos lá a ver se é desta!», «O senhor é esperto» ou ainda «Que Deus o abençoe» é o que mais se ouve à passagem do ex-autarca, que é abordado por taxistas, idosos e pelos mais desfavorecidos. Ao longe ouvem-se apelos de quem se acanha de chegar perto do candidato: «Um lar de idosos em Benfica», «Restaure o chafariz. É tão lindo e está destruído!». Santana responde a todos.



É já no final da viagem que Santana aponta a morada de uma idosa que se queixa de um café que não a deixa dormir e perturba o descanso do marido acamado há 17 anos. «Já fui à Gebalis e eles não me ajudam», diz a idosa. Santana é peremptório: «Sei bem o que isso é. Já não é a Gebalis que vai resolver isso. Vou extinguir a Gebalis».

No caminho para o carro, Santana ainda tem tempo para ouvir um homem com problemas de deslocação. Sem hesitações, o candidato ladeado pelo presidente de junta insta-o a marcar uma data e uma hora para receber o eleitor. «Está marcado», remata Santana que segue para os últimos cartuchos de mais uma luta eleitoral que este domingo revelará se as promessas cara-a-cara de Santana Lopes são o suficiente para lhe devolver a autarquia lisboeta.
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