PS: Pedroso critica «excessiva personalização» do partido - TVI

PS: Pedroso critica «excessiva personalização» do partido

Paulo Pedroso no congresso do PS

Socialista defende um esforço de reforma interna por parte de Sócrates

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O socialista Paulo Pedroso criticou a «excessiva personalização» do PS de José Sócrates e defendeu que o líder devia fazer um esforço de reforma interna para reflexão, debate e regeneração.

«Era importante que o Partido Socialista tivesse a percepção de que, em democracia, não há nenhum ciclo de poder que seja eterno e de que preparar a sua regeneração permanentemente faz parte da missão da direcção», afirmou Paulo Pedroso este sábado, em declarações à Lusa.

O ex-ministro e ex-deputado considera que o partido evoluiu de um modo que não é muito típico nos partidos socialistas, «no sentido de uma grande personalização, que faz com que o partido esteja mais à esquerda se o líder estiver mais à esquerda e mais à direita se o líder estiver mais à direita».

Isto origina uma «certa diluição da identidade programática» do partido, «fazendo do PS uma organização para fins eleitorais, que segue o seu líder, um pouco à semelhança daquilo que é a experiência de partidos norte-americanos e daquilo que era historicamente o PSD».

Paulo Pedroso considera importante que o PS ponha a funcionar instâncias de planeamento político, de pensamento político e de debate, que «foram, como aconteceu noutros partidos socialistas da Europa, esvaziadas por poderem causar algum embaraço em algum momento».

«É saudável que o líder de um partido não tenha medo da sua sombra. Deve, para gerir bem o partido, procurar que dentro do partido haja o espaço para que diferentes formas de ver se ocupem a trabalhar, produzam visões, pensamento», concluiu Paulo Pedroso.
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