Salário mínimo: BE vai propor aumento para 545 euros ao Parlamento - TVI

Salário mínimo: BE vai propor aumento para 545 euros ao Parlamento

João Semedo lembrou que o salário tem hoje um valor inferior à data em que foi criado, em 1974

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O BE vai propor na Assembleia da República a atualização do salário mínimo nacional para 545 euros para pôr fim aos «malabarismos eleitoralistas do Governo» a este respeito, anunciou este sábado o coordenador bloquista João Semedo.

«Nós não estamos dispostos a continuar a assistir aos malabarismos eleitoralistas do Governo», afirmou João Semedo, em conferência de imprensa, argumentando que «o salário mínimo em Portugal é o mais baixo da União Europeia», que tem hoje um valor inferior à data em que foi criado, em 1974, valendo menos 50 euros.

A apresentação de uma proposta de aumento do salário mínimo de 545 euros , «de acordo com tabelas de atualização», foi discutida este sábado na Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, o órgão máximo do partido entre convenções.

«Há cerca de meio milhão de portugueses que recebe o salário mínimo nacional, o salário mínimo nacional não é atualizado há mais de 3 anos. Todas estas razões nos levam a querer acabar com esta situação», sustentou.

A proposta do BE será discutida no dia 25 de setembro na Assembleia da República.

A Mesa Nacional discutiu também a questão do BES e do Novo Banco, com João Semedo a apontar o «desnorte estratégico» vivido entre Governo e Banco de Portugal e a administração do Novo Banco.

«Enquanto Governo e Banco de Portugal, prometem, desejam e trabalham para uma venda rápida, imediata, tão rápida e pronta quanto possível, o presidente do conselho de administração do Novo Banco, Vítor Bento, diz exatamente o contrário», declarou João Semedo.

Para o BE, um mês depois da resolução do BES e criação do Novo Banco, «as incongruências e as fragilidades da proposta do Banco de Portugal e do Governo são cada vez mais evidentes e os riscos para os contribuintes, os riscos para a despesa pública, são maiores».

«A realidade é que o banco perde todos os dias valor e quanto mais valor perde, maior é o risco para a despesa pública e para os contribuintes e, por isso, o BE insiste na sua proposta. A proposta é simples: recusamos reprivatização do banco, queremos que o Novo Banco seja um novo banco, mas seja um novo banco público», defendeu.
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