Seguro diz que PS «não está à mercê de apetites individuais» - TVI

Seguro diz que PS «não está à mercê de apetites individuais»

O candidato à liderança do PS afirmou que a crise no interior do PS só existe porque ele próprio poderia «ganhar as eleições legislativas»

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O candidato à liderança do PS António José Seguro disse este sábado, em Fafe, que o partido não está «à mercê de apetites ou ambições individuais».

Seguro discursava perante cerca de duas centenas de militantes e simpatizantes, afirmou que a crise no interior do PS só existe porque ele próprio poderia «ganhar as eleições legislativas».

«Agora já era apetecível a candidatura à liderança do PS», exclamou, muito aplaudido pelos presentes, entre o quais o presidente da Federação de Braga, Fernando Moniz.

António José Seguro recordou que «o PS tem regras» e perguntou qual a mensagem que o partido dá ao país quando alguns militantes «rompem as regras e não respeitam os compromissos assumidos».

«Não é, com certeza, uma imagem bonita que se dá lá para fora«, acrescentou.

O secretário-geral socialista recordou que o partido estava a preparar desde 2012 um programa do Governo, com «um projeto de alternativa à estratégia de empobrecimento».

«Construímos um contrato de confiança com cinco prioridades e 80 compromissos. E deita-se tudo fora de um momento para o outro? Este não é o momento em que devíamos estar exclusivamente concentrados na oposição ao Governo e a trazer mais portugueses para o projeto do PS e explicar que há um outro caminho para o país?», questionou ainda.

O também secretário-geral do PS defendeu que o país precisa de uma rutura e de acabar com os privilégios e com as desigualdades sociais e territoriais no país.

«Nós temos de derrotar a velha política e substituí-la pela nova, que é falar verdade aos portugueses e dizer que só podemos prometer aquilo que temos a certeza de podermos cumprir», assinalou.

O socialista reclamou a necessidade de o PS «afirmar, de uma vez por todas, que tem de haver uma separação completa e nítida entre negócios e política, entre a vida pública e os interesses privados», mas considerou «normal» o partido estar a descer nas sondagens.

«O PS, durante três anos, esteve sempre a subir nas sondagens. Agora caiu nas sondagens. É normal, porque as pessoas olham para nós e dizem: eles devem estar loucos. Então ganham as eleições e metem-se numa guerra interna?», exclamou.

Antes de Seguro, discursou José Ribeiro, que foi presidente da Câmara de Fafe durante vários mandatos.

O ex-autarca disse que o partido nunca teve um secretário-geral «tão amigo, próximo e disponível» e considerou que Seguro será a melhor escolha para governar Portugal e é «um candidato desligado dos interesses».

«A outra candidatura representa esses interesses», considerou o antigo presidente da câmara, acusando António Costa de estar a protagonizar «uma golpada» e um «assalto ao poder», numa «falta de lealdade».

José Ribeiro disse que a candidatura de Costa à liderança socialista «resulta do marketing de fora do partido, feito pelos senhores de Lisboa».
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