O primeiro-ministro, António Costa, disse esta quinta-feira, em Bruxelas, que seria "uma perda imensa" para Portugal se o Reino Unido saísse da União Europeia (UE). António Costa salientou, no entanto, que as regras não podem sacrificadas.
"Era muito mau para a UE perder um Estado-membro tão importante como o Reino Unido - para nós em particular, que somos aliados tão antigos do Reino Unido, seria uma perda imensa", disse Costa, à entrada para uma reunião do Conselho Europeu.
Para o chefe do Governo, os líderes europeus têm que "fazer tudo para que haja acordo, no espírito o mais construtivo possível, mas aquilo que são as regras mais elementares da UE não podem ser sacrificadas, sob pena de a União deixar de ser união".
Sobre os direitos dos portugueses residentes no Reino Unido, Costa referiu que estes "gozam da liberdade de circulação, gozam da igualdade de direito de tratamento e isso objetivamente é insuscetível de poder ser alterado".
"Estamos todos a fazer um esforço para ir ao encontro das preocupações, que sejam legítimas, que o Reino Unido coloca, mas sem pôr em causa a integridade europeia, que é a dos seus valores", acrescentou.
David Cameron fez várias exigências para fazer campanha em defesa da manutenção do Reino Unido na UE no referendo, que poderá ser realizado este verão, e que passam nomeadamente por limitações aos benefícios sociais de trabalhadores oriundos de outros Estados-membros.
O chamado "Brexit" é um dos temas dominantes do Conselho Europeu que decorre hoje e sexta-feira.