União Mediterrânica: «Sou a favor de um debate» - TVI

União Mediterrânica: «Sou a favor de um debate»

Luís Amado diz que proposta de Sarkozy deve ser explorada

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Os detalhes da ideia do presidente francês, Nicolas Sarkozy, sobre constituição de uma União Mediterrânica devem ser apresentados ainda esta segunda-feira, em Lisboa, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros gaulês, Bernard Kouchner, aos seus homólogos da UE. O ministro português Luís Amado disse que a discussão deste tema deve acontecer esta terça-feira e que é a favor «de um debate».

Antes do jantar de trabalho, dedicado ao processo de paz no Médio Oriente, no contexto da troika entre a UE e a União do Magrebe Árabe (UMA), o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que «o novo ambiente estratégico político» exige a discussão da ideia, anunciada por Sakozy em Maio e apresentada no final de Outubro em Marrocos.

«Sou a favor de um debate que seja lançado com esta nova ideia. Necessitamos de explorar todas as possibilidades para dar uma forte resposta política a um novo ambiente estratégico político que enfrentamos nesta região, na relação com o mundo islamo-árabe, e acredito que esta é uma nova ideia, por isso devemos discuti-la», disse Amado.

O ministro português que em Maio, na reacção inicial à proposta de Sarkozy, disse não conhecer o «teor e propósito dessa iniciativa», disse agora que esta deverá ser sujeita a um processo «continuado», que deverá ganhar uma nova dimensão durante a presidência francesa da UE, agendada para o segundo semestre de 2008.

«Vamos começar a discuti-la amanhã de manhã. Este é um processo que será continuado no próximo ano e espero que durante a presidência francesa um projecto concreto seja identificado com o apoio dos estados membros, envolvidos nesse processo», apontou Amado.

Por seu lado, a Comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, descreveu esta proposta como «uma ideia interessante», realçando que «é bem-vinda desde que traga valor acrescentado».

Para já, a Comissão Europeia pediu que Paris esclarecesse esta proposta francesa.
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