PS insiste na necessidade de meios aéreos na Madeira

O presidente do PS-Madeira, Victor Freitas, insistiu hoje na necessidade de meios aéreos na região para combater os incêndios e manifestou solidariedade aos bombeiros e às vítimas dos fogos.

«Hoje coloca-se novamente a questão dos meios aéreos na Região Autónoma da Madeira», afirmou Victor Freitas, que esteve em vários locais da ilha assolados pelos incêndios.

Para Victor Freitas, o fogo que começou na quarta-feira, ao final do dia, no Palheiro Ferreiro, no concelho do Funchal, «não tinha atingido estas proporções se se tivesse atacado o problema desde o início com meios aéreos».

«Da análise que temos feito e dos contactos que temos tido, quer com as entidades de segurança no terreno, quer com as populações, sente-se que era necessário existir um comando diferente em relação a todo este processo», acrescentou o dirigente socialista.

Para o também deputado na Assembleia Legislativa da Madeira «há muita confusão entre as forças de segurança, era necessário um comando centralizado que coordenasse todo este processo».

Segundo Victor Freitas, «neste momento de grandes dificuldades para o povo da Madeira era importante que da parte das instituições existisse essa melhor coordenação», considerou, apontando o Executivo insular, as autarquias, os bombeiros e a Proteção Civil.

«E salta à vista de toda a gente a falta de meios humanos, nomeadamente bombeiros, ao contrário do que foi dito, a semana passada, pelo presidente do Governo Regional», liderado pelo social-democrata Alberto João Jardim, frisou o responsável.

O presidente do PS-M manifestou ainda «solidariedade, quer às pessoas que estão a perder bens materiais, às forças de segurança e de Proteção Civil, em especial os bombeiros, que estão a fazer tudo o que podem para resguardar bens materiais».

Também a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) defendeu hoje a «necessidade urgente» de se investir em meios aéreos para combate aos incêndios na Região Autónoma da Madeira.

«Perante este mais recente episódio, que está a deixar consequências humanas e naturais devastadoras, a ANBP insiste na necessidade urgente de investir em meios aéreos, pelo que a utilização de um helicóptero seria uma mais -valia e corresponderia à regra básica de combater um incêndio de cima para baixo», refere a Associação num comunicado hoje divulgado.

A ANBP afirma também que «não se compreende que ainda não tenha sido feito um investimento nessa matéria, tendo em conta o património natural da ilha», que «tem características topográficas que tornam quase impossível o trabalho dos bombeiros, em algumas localidades».

Na nota, a associação salienta «o trabalho abnegado e a dedicação dos bombeiros das corporações da ilha da Madeira que, apesar das difíceis condições de trabalho, dos ordenados em atraso, e das injustiças de que têm sido alvo, não baixaram os braços e desempenharam o seu trabalho e a sua missão de salvar pessoas e bens».

A associação questiona que os bombeiros madeirenses «não merecerão ver ouvidas as suas reivindicações e os seus pedidos de melhores condições de trabalho» e «um tratamento igual aos bombeiros do Continente, com a aplicação das Leis em vigor».

A ANBP destaca ainda «a importância do trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal do Funchal».

«Caso não tivessem sido tomadas medidas de fundo nesta autarquia, a tragédia que se viveu ontem [quarta-feira] na Madeira teria consequências ainda mais desastrosas. O trabalho desenvolvido ao nível da rede de bocas -de -incêndio e marcos de água, elaborada em conformidade com o equipamento dos bombeiros, merece o devido reconhecimento», refere o comunicado.