PSD quer fazer «subversão constitucional» - TVI

PSD quer fazer «subversão constitucional»

Os dois maiores partidos mantêm «guerras de alecrim e manjerona» sobre o Serviço Nacional de Saúde

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O líder comunista, Jerónimo de Sousa, afirmou este domingo que o PSD quer realizar uma «subversão constitucional» que o PS já está a concretizar, prometendo a oposição a este projecto da candidatura presidencial de Francisco Lopes, candidato «bem escolhido».

No comício de encerramento da 34ª edição da Festa do Avante, o secretário-geral comunista afirmou que nos últimos 30 anos, a «política de direita» tem mostrado a sua «intolerância para com a Constituição da República».

«PS, PSD e CDS legislaram em conflito com a Constituição, violaram disposições e valores constitucionais, agrediram direitos e conquistas que ela consagra, conspiraram à margem da Assembleia da República para impor novas mutilações», disse Jerónimo de Sousa.

O PSD apresenta agora, sustentou, «um novo projecto de subversão constitucional», com «a mutilação de direitos e na alteração negativa do Serviço Nacional de Saúde, na educação, na injustiça fiscal, nos despedimentos arbitrários».

«E aí está o PS a fazer-se de muito chocado e incomodado. Podemos dizer que o PSD é mais trauliteiro, quer pôr isto na Constituição, mas o PS na prática vai fazendo aquilo que o PSD quer colocar na lei fundamental», referiu.

Jerónimo de Sousa acusou ainda o PS e o governo de se afirmarem como «paladinos da defesa do Estado social», mas «não têm feito outra coisa que o fragilizar, desmantelar e mutilar».

Também nesta matéria os dois maiores partidos mantêm «guerras de alecrim e manjerona» sobre o Serviço Nacional de Saúde e a educação, «que não têm correspondência» com a governação socialista, mas que têm «apenas um objectivo: manter à tona de água a política de direita».

Face a esta «esta ofensiva e estes projectos», as eleições presidenciais assumem «uma inegável importância», sublinhou Jerónimo de Sousa, afirmando que o candidato apoiado pelo PCP, Francisco Lopes «não tem comprometimentos ou cumplicidades com a política de direita, não tem ambiguidades, não tem equívocos».

«É o único que afirma claramente a necessidade de ruptura e mudança indispensáveis ao país», salientou.
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