Fundo de Recuperação da UE: Rio defende acordo rápido mas com regras apertadas - TVI

Fundo de Recuperação da UE: Rio defende acordo rápido mas com regras apertadas

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  • 17 jul 2020, 16:50
Rui Rio

Líder social-democrata admite que "não é fácil haver um encontro de posições"

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta sexta-feira que as verbas da União Europeia devem ser disponibilizadas “rapidamente”, mas com regras “apertadas” que deem uma garantia de que os países as utilizam devidamente.

Questionado sobre o Conselho Europeu que está a decorrer em Bruxelas, o líder social-democrata considerou que “não é fácil haver um encontro de posições, designadamente por maior pressão da parte holandesa, mas não só”.

Aquilo que me parece um encontro de posições possível, mas que é sensato, é efetivamente haver as verbas que estão pensadas e para disponibilizar para os estados membros e depois, naturalmente, os estado membros aceitarem todos regras relativamente apertadas de utilização desses fundos”, afirmou Rui Rio, que falava em Vila Real à margem de uma conferência promovida pela associação Youth Academy.

O presidente do PSD disse compreender que “se não houver regras ou se as regras forem muito largas” aqueles “que tem na sua génese um maior rigor possam ser tentados a vetar”.

Eu acho que o ponto de encontro tem de ser aqui, o dinheiro sim, é absolutamente necessário, mas todos temos que aceitar que tem de ser com regras apertadas”, frisou.

Esta manhã, em Bruxelas, o primeiro-ministro, António Costa, reiterou desejo num “acordo rápido” em torno da proposta de relançamento da economia europeia, fazendo votos para que o Conselho não perca tempo, até porque a proposta sobre a mesa é “excelente”.

Rui Rio disse concordar que “tem que ser muito rápido”, até porque “depois vem uma carga burocrática em cima que até chegar às diversas economias vai demorar muito tempo, portanto, tem que ser rápido”.

Não é fácil, devido ao desencontro de posições que há. Eu penso que o equilíbrio está em disponibilizar as verbas e verbas avultadas, mas com regras que deem uma garantia de que os países utilizam devidamente as verbas”, frisou.

E continuou: “Devo dizer que essa é a minha opinião, ou seja, eu estou do lado dos que querem mesmo regras porque a última coisa que eu gostaria era de ver Portugal receber o dinheiro e depois esse dinheiro não ter o efeito multiplicador sobre a nossa economia e sobre o nosso futuro que é justo que tenha”.

Durante a cimeira, os 27 vão tentar chegar a um compromisso em torno do orçamento da UE para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação para ultrapassar a crise socioeconómica provocada pela pandemia. A mais recente proposta de Charles Michel contempla um quadro financeiro plurianual no montante global de 1,07 biliões de euros e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões, com 500 mil milhões a serem desembolsados a fundo perdido, tal como propôs o executivo comunitário.

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