Covid-19: "Haverá necessidade de fazer reforços de vacinação", admite ministra - TVI

Covid-19: "Haverá necessidade de fazer reforços de vacinação", admite ministra

Marta Temido adianta que Governo já está a comprar vacinas para 2022 e 2023

A ministra da Saúde, Marta Temido, não descarta a possibilidade de fazer reforços de vacinação contra a covid-19. Contudo, admite que ainda "desconhecemos muito sobre a necessidade desses reforços". 

Estamos a adquirir quantidades de vacinas para 2022 e para 2023 que permitirão esses reforços", adianta a ministra, alertando para a "prudência" na gestão da pandemia.

Já sobre um possível recuo nas medidas de confinamento, Marta Temido não se compromete: "Os números continuam a aumentar, ainda não estamos num momento em que os vejamos a decrescer, e temos de estar atentos".

"As vacinas são seguras, mas não são milagres"

A ministra reitera que as vacinas são efetivas, seguras, têm qualidade, mas não garantem que os vacinados não contraiam a doença.

"As vacinas não são milagres, são uma tecnologia, são um medicamento e têm o potencial de ter uma efetividade de 70%, 80% ou 90%. Isso significa que a possibilidade de uma pessoa vacinada contrair a doença ou formas grave da doença é reduzida em termos de probabilidade, mas há sempre risco", sustenta Marta Temido.

Questionada sobre os 24 "de uma das linhagens da variante Delta" em Portugal, a ministra frisa que as autoridades têm de seguir com atenção a evolução das mutações do vírus.

Interrogada sobre o que é que isto significa, em termos práticos, a ministra respondeu que este é "um esforço contínuo": "Sabemos desde há muito tempo que, enquanto não tivermos conseguido superar esta pandemia de uma forma total, estaremos expostos às mutações e às novas variantes".

E portanto, temos de manter sempre a mesma prudência de manutenção de medidas não farmacológicas de proteção individual, porque isso é a melhor forma de nos protegermos neste contexto de extraordinária incerteza. Não vale a pena prometermos aquilo que não podemos prometer", acrescentou. 

Atraso de 15 dias na meta de 70% de vacinação é “marginal”

O eventual atraso de 15 dias no cumprimento da meta de 70% de população adulta vacinada contra a covid-19, previsto pela ‘task force’ responsável pelo processo para 08 de agosto, será “marginal”, considerou hoje a ministra da Saúde.

Esperamos até ao final do verão - e estamos em condições perfeitas de o conseguir – ter 70% da população adulta vacinada com uma dose. Aquilo que o coordenador da ‘task force’ deu nota foi que poderemos ter um atraso de 15 dias, que é relativamente marginal numa operação desta dimensão em relação àquilo que era o prazo inicialmente fixado pela própria ‘task force’, que era o início de agosto”, afirmou Marta Temido.

Foi desta forma que a governante reagiu às declarações de hoje do coordenador do processo, vice-almirante Gouveia e Melo, que, em audição na comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia de covid-19 e do processo de recuperação económica e social, justificou a situação com a “disponibilidade de vacinas e pela regularidade na entrega” por parte das empresas farmacêuticas.

A ministra da Saúde notou também que “a meta de agosto em termos de processo de vacinação é distinta da compreensão clássica de imunidade de grupo”. Perante a existência de pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina em cerca de um terço dos doentes internados com covid-19 nas unidades de cuidados intensivos dos hospitais da região de Lisboa, reiterou a convicção de que estes dados não vão afetar a adesão à vacinação.

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