Jardim critica justiça por permitir FARC em Portugal

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, criticou a justiça portuguesa e o Ministério Público por alegadamente permitirem que representações da FARC marquem presença todos os anos na festa do Avante do PCP.

Jardim falava no Aeroporto da Madeira, no regresso da visita oficial que fez de 29 de Junho a 06 Julho à Venezuela, no âmbito das celebrações do Dia da Região Autónoma da Madeira.

«É espantoso este país, até quando Fidel Castro já condena os homens da guerrilha colombiana [FARC], os terroristas narcotraficantes que fazem sequestros, anda o PCP na Assembleia da República a defender essa gente», disse.

«O que me espanta é que depois do direito internacional condenar sequestrar pessoas, não percebo o que anda a fazer a justiça portuguesa, que todos os anos vem a Portugal uma representação dessas forças e as autoridades portuguesa não se mexem. Não sei que raio andam a fazer as polícias e o Ministério Público», acrescentou.

Questionado sobre a ameaça do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de expulsar do país todos os bancos da União Europeia, Jardim respondeu ser «preciso dar mais atenção ao fenómeno político social que está a crescer na zona andina».

O governante madeirense alertou para este «fenómeno novo» na América Latina, que denominou de «marxismo pós-modernista», apontando que os países do Hemisfério Norte do Continente americano e da União Europeia andam «um pedaço distraídos».

«Penso que é preciso dar mais atenção a este fenómeno político que está a crescer naquela zona, que nada tem a ver com o comunismo tradicional, existindo uma certa desatenção», referiu.