Santos Silva avisa que processo de libertação dos portugueses não terminou - TVI

Santos Silva avisa que processo de libertação dos portugueses não terminou

  • LCM com Lusa
  • 26 set 2018, 18:30

Ministro referiu que "os sete cidadãos que tinham sido detidos foram libertados", mas "têm ainda a obrigação de apresentação periódica às autoridades judiciais venezuelanas"

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou hoje que a libertação dos sete portugueses que tinham sido detidos na Venezuela "foi um gesto positivo das autoridades venezuelanas", mas realçou que "o processo não terminou".

Em declarações aos jornalistas, à margem da 73.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, Augusto Santos Silva acrescentou que é importante haver na Venezuela uma reunião com "todas as partes" sobre "as condições em que a pequena e média distribuição portuguesa pode participar na economia venezuelana".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, que falava tendo ao seu lado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, começou por registar o "gesto positivo das autoridades venezuelanas", agradecendo "o empenhamento" com que o seu colega ministro das Relações Exteriores da Venezuela "se interessou por este assunto".

Depois, referiu que "os sete cidadãos que tinham sido detidos foram libertados", mas "têm ainda a obrigação de apresentação periódica às autoridades judiciais venezuelanas".

A questão permanece, porque, do nosso ponto de vista, eles estão acusados ou suspeitos de não cumprir uma lei cujas condições de cumprimento nós não conseguimos perceber. E, por isso mesmo, é muito importante a outra parte do meu acordo com o ministro venezuelano", acrescentou.

Essa outra parte do acordo consiste em, "aproveitando a próxima visita do secretário de Estado das Comunidades à Venezuela, que será de sexta-feira a oito [dia 05 de outubro], haver uma reunião onde todas as partes - isto é, o Governo português, os empresários portugueses, de um lado, o Governo venezuelano, quer as autoridades diplomáticas, quer as autoridades económicas - possam sentar-se à mesma mesa e discutir as condições em que a pequena e média distribuição portuguesa pode participar na economia venezuelana", descreveu.

Questionado se a libertação dos portugueses e lusodescendentes gerentes de supermercados que tinham sido presos foi uma decisão política, o ministro respondeu: "Não, tanto quanto eu sei, foi uma decisão das autoridades judiciais competentes. A mim cumpre-me apenas registar que houve um gesto positivo".

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