Este calendário foi referido aos jornalistas pelo presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, no final da primeira reunião da bancada por si presidida.
"Dias 9 e 10, o PS demonstrará que, não sendo a alternativa de Governo PSD/CDS aquela que se deseja para o país, há uma outra mais coerente, mais estável e mais duradoura. O acordo [entre as forças da esquerda parlamentar] ficará associado ao momento em que vamos apresentar o programa de Governo", declarou o presidente dos socialistas, deixando uma promessa:
"Será um acordo transparente. Demonstrará ao país e a todas as instituições envolvidas nos processos de decisão próximos que há uma alternativa estável, duradoura, respeitadora dos compromissos nacionais e que não é só um acordo de investidura, mas também um acordo de legislatura"
O presidente do PS aludia, ao fazer esta referência, ao Presidente da República, assegurando que o seu partido "garantirá uma conduta responsável e assente na melhor interpretação do interesse nacional".
Ao mesmo tempo, reiterou que o PS "só inviabiliza a constituição de um Governo que seja liderado pela coligação PaF (Portugal à Frente) existindo uma alternativa sólida e consolidada de Governo".
"Ou seja, o PS não deixa o país sem Governo. Estamos em condições de reiterar perante o país que essa alternativa de Governo existe, que o país terá Governo e que a vontade do parlamento deve ser sempre respeitada", acrescentou.
Carlos César voltou depois a criticar, como no início da semana, "a demora" no processo de constituição do Governo, "que agora foi atrasado pela decisão do Presidente da República" no sentido de indigitar o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, para formar novo executivo.
"Agora é preciso ultrapassar rapidamente este processo. A discussão do programa de Governo só ocorrerá nos dias 9 e 10 de novembro, é mais um tempo desnecessário fica à espera e em que as instituições internacionais nos observam aguardando um desfecho".