O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou hoje que o excesso de austeridade «é uma receita para o disparate», apontando cada vez mais vozes que se juntam à do PS nesta matéria, incluindo a de Cavaco Silva.
O Presidente da República mostrou-se hoje satisfeito com a mudança dos líderes europeus, que depois de centrarem o discurso na consolidação orçamental estão agora a redirecioná-lo para o crescimento económico, e acrescentou que «não se pode somar permanentemente austeridade a mais austeridade».
Para António José Seguro esta é a «prova de que o Governo está cada vez mais isolado e que cada vez mais vozes na sociedade portuguesa se juntam à voz do PS que há muitos meses defende que o emprego e o crescimento económico são a solução e que a austeridade sobre austeridade é uma receita para o disparate».
O líder socialista, que falava na Guarda no final de uma visita ao espaço educativo municipal Quinta da Maúnça, afirmou que o Governo deve «rever rapidamente a receita que está a aplicar», apontando indicadores como o milhão de desempregados e a recessão da economia portuguesa, acima das previsões iniciais.
«Eu tenho dito ao primeiro-ministro que ele tem uma obsessão pela austeridade, tem uma paixão pela austeridade e que o caminho da austeridade não resolve os problemas dos portugueses. É o emprego e o crescimento económico que resolvem os problemas dos portugueses e até no interior da sua família política europeia já há vozes que se levantam nesse sentido», acrescentou Seguro.
O secretário-geral do PS salientou que «é altura» de Passos Coelho reconhecer que a sua receita para o país está errada e que para o Interior está duplamente errada».
«A receita para o disparate», segundo Seguro
- Redação
- CLC
- 25 fev 2012, 19:34
Em causa, o excesso de austeridade
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