Assessor militar de Passos recebe sargentos - TVI

Assessor militar de Passos recebe sargentos

«As preocupações serão transmitidas (...) ao ministro da Defesa», assegura comunicado do gabinete do primeiro-ministro

O assessor militar e de segurança do gabinete do primeiro-ministro, major-General Carlos Chaves, recebeu, esta quinta-feira, na residência oficial de Pedro Passos Coelho os representantes da Associação Nacional de Sargentos, que realizaram um protesto em São Bento.

A informação foi transmitida através de um comunicado do gabinete do primeiro-ministro. «As preocupações expressas pelos representantes da Associação Nacional de Sargentos durante a reunião serão transmitidas ao ministro da Defesa Nacional, a quem compete preparar e executar a política de Defesa Nacional», refere o comunicado.

A ANS promoveu, esta quinta-feira, concentrações por todo o país contra o que dizem ser «o desmantelamento» das Forças Armadas e as recentes declarações do ministro da Defesa e tinha como objectivo entregar uma carta na residência oficial do primeiro-ministro.

A ANS advertiu o primeiro-ministro de que as Forças Armadas «não podem estar em reestruturação permanente» e que eventuais reformas implicam antecipadamente a definição de um novo Conceito Estratégico de Defesa. «A instituição militar não pode estar em reestruturação permanente, mas é assim que tem estado pelo menos nos últimos oito anos, com a agravante de essas reestruturações se resumirem a alguns aspectos inconsequentes, originando desarticulações atrás de desarticulações», refere a missiva entregue pela ANS ao assessor militar de Pedro Passos Coelho.

«Cabe aqui recordar que em 2009 foi aprovada na Assembleia da República, com os votos do PS, PSD e CDS-PP, um conjunto de legislação em que se incluiu a criação de um Estado-Maior Conjunto que, para além de caro, parece agora ser também considerado desnecessário», acrescenta a associação.

Na carta, a ANS assinala que «reformar as Forças Armadas implica partir da definição de um novo Conceito Estratégico de Defesa que identifique os potenciais perigos e os objectivos a perseguir para os enfrentar, nomeadamente o dispositivo de forças, os meios e alianças necessários para o cumprimento das missões que lhe venham a ser exigidas».

A associação acrescenta que atualmente «não têm os portugueses conhecimento que tal esteja a ser estudado ou em execução».
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