Avante!: PCP contra «roubo descarado ao povo» - TVI

Avante!: PCP contra «roubo descarado ao povo»

Jerónimo de Sousa acusa Passos Coelho de «descaramento inacreditável»

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O secretário-geral do PCP insistiu este domingo que é necessário «pôr um ponto final» na «política de ruína» do país de que são responsáveis PS, PSD e CDS. Jerónimo de Sousa insistiu em que a rutura é possível e apelou à «resistência» e à «luta», ao mesmo tempo que acusou o primeiro-ministro de «descaramento inacreditável».

Jerónimo de Sousa, que falava no comício de encerramento da Festa do Avante!, na Quinta da Atalaia, no Seixal, perante milhares de militantes e apoiantes comunistas, culpou várias vezes PSD, CDS e PS pela «mais grave crise económica e social» que Portugal enfrenta, com «consequências trágicas para o país e dramáticas para a vida dos portugueses».

O líder comunista considerou que Portugal vive hoje «uma situação de brutal retrocesso» e «em todos os domínios», «resultado acumulado de anos de política de direita ao serviço dos grupos económicos e financeiros e de um pacto ilegítimo que tudo agravou, estabelecido entre aqueles que governaram o país nas últimas décadas, o PS, PSD e CDS e a troika estrangeira do FMI, BCE e UE».

Para Jerónimo de Sousa, as políticas destes partidos são iguais e, por isso, «com este Governo, nem fim da crise, nem fim do regabofe», afirmou, numa referência a uma expressão usada por Passos Coelho para qualificar a política do anterior Governo socialista. Prova disso, apontou, são as «transferências de milhões para os bolsos do capital», «o pequeno e insignificante corte nas rendas excessivas da EDP» ou «o regabofe do BPN».

Para o líder do PCP é, por isso, um «descaramento» o recente anúncio de mais austeridade. «Agora, aí os temos a dizer que nem tudo correu como previam. E com um descaramento inacreditável a anuncia novas e mais brutais medidas, em nome da solução dos problemas que deliberadamente agravaram e continuam a agravar», afirmou.

«Ultrapassando tudo o que era imaginável e todos os limites da desfaçatez e do cinismo, acabámos de ver o primeiro-ministro, Passos Coelho, com ar pungente, a anunciar um descarado roubo nos salários dos trabalhadores e reformados, em nome do combate ao desemprego», acrescentou, perante os milhares de pessoas que enchiam o recinto envolvente do Palco 25 de Abril da Quinta da Atalaia.
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