Cavaco pede para que divergências na coligação não sejam «públicas» - TVI

Cavaco pede para que divergências na coligação não sejam «públicas»

Presidente da República diz estar bem informado sobre o que se passa e não coincide com o que surge nos media

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O Presidente da República aconselhou que se evitem «exposições públicas de divergências que normalmente existem nas coligações», garantindo que a informação que dispõe sobre o «estado de saúde» da coligação «não coincide com aquela que é publicada».

«Um Governo de coligação não é uma planície sem escolhos. Exige espírito de compromisso, que se tenha sempre em atenção o interesse do país e deve-se evitar exposições públicas de divergências - que sempre existem nas coligações como mostram as experiências das coligações que existem por essa Europa fora», disse Cavaco Silva aos jornalistas no Porto, à margem do Prémio BIAL 2012.

O Presidente da República aconselharia, por isso, «que se evitassem exposições públicas de divergências que normalmente existem nas coligações». Questionado sobre as divergências na coligação, Cavaco Silva garante que a informação de que dispõe «não coincide com aquela que é publicada», considerando estar «razoavelmente informado sobre a situação da coligação, sobre o seu estado de saúde».

«Eu, como compreende, tenho contactos frequentes com o primeiro-ministro mas também tenho contactos frequentes com o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. Aquilo que recebo de informação vinda de um lado não é diferente da informação que recebo de outro lado», afirmou.

O chefe de Estado acrescentou que nem «o Presidente da República, nem ninguém, pode impor que diferentes membros do Governo utilizem exatamente as mesmas palavras quando falam do mesmo assunto», afirmando ainda que «as questões do Governo têm que se resolver dentro do próprio Governo».

«Eu conheço a história de todos os governos de coligação que existiram na nossa democracia. Foram seis. E conheço as dificuldades por que passa um Governo de coligação nos países da União Europeia», comparou.

Cavaco Silva recordou ainda o seu discurso do 25 de Abril, reiterando que «Portugal não está em condições de juntar uma grave crise política à grave situação económica e social em que se encontra». «Os custos seriam muito elevados. De acordo com a informação que recebo, seria grande o risco de Portugal resvalar para uma situação semelhante à de outros países que se encontram em situação muito pior do que nós», alertou.

O Presidente da República defendeu, por isso, que se faça «tudo o que for possível, de forma justa com certeza, para evitar que Portugal resvale para essa situação muito, muito pior do que a nossa em que se encontram outros países».
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