«Estão a pôr em causa o acesso básico ao SNS» - TVI

«Estão a pôr em causa o acesso básico ao SNS»

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Seguro acusa Governo de estar a transferir custos elevadíssimos para as pessoas»

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O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou hoje o Governo de estar «a transferir custos elevadíssimos para as pessoas e a dificultar o seu acesso a cuidados essenciais» de saúde, noticia a Lusa.

Depois de se reunir com profissionais da área da saúde num almoço de trabalho, no Porto, António José Seguro afirmou aos jornalistas estar preocupado com «as medidas que o Governo está a tomar, que são cortes cegos [na despesa], dentro de uma política do custe o que custar» e que «estão a pôr em causa o acesso básico ao SNS» e a sua qualidade.

Na sua opinião, esta política «vem diminuir a qualidade da prestação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e está a atirar portugueses para fora dos cuidados de saúde que estão habituados a ter».

«O Governo tem que olhar para esta situação, que é grave», alertou, acrescentando esperar «que a tragédia não aconteça».

Segundo o líder do PS, é preciso não ignorar «os especialistas que já vieram dizer que o número anormal de mortes não se deve apenas à questão dos vírus que são normais nesta altura do ano, e que podem estar associados a outras razões, designadamente de natureza social e económica».

Para Seguro, quanto ao estabelecido no memorando da troika, «está tudo a ser feito ao contrário», porque o que lá está é que «é preciso contenção, redução de custos, mas sem pôr em causa a qualidade da prestação dos serviços de saúde».

O secretário-geral do PS voltou a afirmar que «Portugal precisa de mais tempo para proceder à consolidação das contas públicas», porque dessa forma os sacrifícios pedidos aos portugueses «não serão tão violentos como o que está acontecer».

O aumento das taxas moderadoras e a retirada de transportes a «pessoas carenciadas e que precisam deles para se deslocarem a unidades de saúde», disse, «não fazem sentido».

Na conversa com os profissionais de saúde, Seguro percebeu que estes «estão preocupados com a situação concreta dos portugueses», que já pedem para que o intervalo entre consultas seja maior por não conseguirem suportar os custos inerentes.

Este almoço integrou-se no primeiro dia da semana em defesa da saúde ¿ «Avaliar o Presente, Perspetivar o Futuro», que Seguro iniciou no Porto.
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