Ministra de tesoura e balde na mão nas vindimas do Douro - TVI

Ministra de tesoura e balde na mão nas vindimas do Douro

Assunção Cristas quis mostrar que está atenta às dificuldades

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A ministra da Agricultura pegou hoje na tesoura e no balde e foi cortar uvas numa vindima no Douro, para mostrar que está atenta às dificuldades que afetam a viticultura duriense.

De acordo com a Lusa, Assunção Cristas foi à Quinta dos Poços, em Lamego. Chegou à hora do pequeno almoço no Douro, cerca das 10:00, e fez questão de cumprimentar os vindimadores.

Apesar do pão na mão e da malga de sopa, a trabalhadora de 67 anos Maria Adelaide fez questão de abraçar a ministra e aproveitar para lhe pedir: «Olhe bem por nós».

Esta vindimadora queixou-se de, apesar de reformada, ainda ter de andar a trabalhar para ajudar os filhos.

No meio do valado, Assunção Cristas pegou na tesoura e no balde e mostrou que já sabe cortar uvas.

Esta não foi a sua primeira vindima. Já em pequena, contou, participava em algumas vindimas, principalmente na zona do Ribatejo.

Aqui, no Douro, a ministra colocou o balde debaixo dos cachos de uva e a sua mão também por baixo das uvas e foi cortando e colocando no balde, até o encher.

Nesta tarefa foi apenas acompanhada pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, enquanto todos os outros convidados a olhavam.

«Assim só um bocadinho como eu estou a fazer não custa nada, agora o dia todo é duro», afirmou Assunção Cristas.

A manhã não estava muito quente o que ajudou também no trabalho de campo.

Questionada pelos jornalistas, a governante fez questão de referir que a vinda ao Douro foi uma forma de mostrar que está atenta às dificuldades que afetam a região demarcada.

«É uma forma de mostrar que estamos numa zona maravilhosa do país, com vinho muito bom, a crescer em termos de vendas, exportações, com certeza que tem dificuldades, mas nós estamos atentos», salientou.

Assunção Cristas lembrou o aumento do benefício para 96.500 pipas este ano, ou seja a quantidade de mosto que cada produtor pode destinar à produção de vinho do Porto, e o aumento das exportações de vinho no primeiro semestre.

«Significa que estamos a vender por melhor valor o que também é bom, porque precisamos de ter qualidade», sublinhou.

Quanto às dificuldades sentidas por grande parte das adegas e das queixas dos viticultores que dizem que não têm a quem vender as uvas, a ministra afirmou estar «com muita atenção ao problema».

«Sabemos das dificuldades e temos estado empenhados nessa matéria, conversando com as cooperativas e tentando encontrar soluções. Quanto mais estabilidade das cooperativas, melhor conseguimos que elas recebam toda a uva, que produzam bom vinho e que possam vende-lo ao melhor preço», frisou.

Antes de seguir viagem até Vila Real, onde visitou a adega local, uma das poucas com as contas em ordem na região demarcada, Assunção Cristas ainda recebeu uma música de presente por parte da vindimadora Cassandra Xavier.

Já na Adega de Vila Real, a ministra fez questão de dizer que está no Douro para dar «visibilidade» ao bom trabalho que tem sido feito ao nível da produção, vinificação e comercialização dos vinhos.

Assunção Cristas recusou-se a comentar a atualidade nacional, nomeadamente o Conselho de Estado de sexta-feira e a notícia de que o Governo admite rever a questão da Taxa Social Única.
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