Novo imposto: Seguro ficou «chocado» - TVI

Novo imposto: Seguro ficou «chocado»

António José Seguro

Candidato à liderança do PS diz que se vencer as eleições, o partido vai votar contra a medida

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O candidato à liderança do PS, António José Seguro, afirmou que se foi eleito secretário-geral do partido, os socialistas votarão contra um imposto extraordinário equivalente a 50% do subsídio de Natal acima do salário mínimo.

«Esta medida, tal como foi anunciada, se eu vencer as eleições, não terá o voto do PS», garantiu.

Numa declaração fora do plenário, quando se discute o programa do Governo, António José Seguro mostrou-se contudo «chocado» com esta medida do Governo, que diz revelar «insensibilidade social». «Eu não estava à espera», adiantou, afirmando que a medida «choca todos os portugueses».

«Os portugueses estão fartos de sacrifícios», afirmou António José Seguro, defendendo que «sacrifícios adicionais têm que ser fundamentados». «Mas a única fundamentação que ouvi foi precaução», frisou.

Tal como já tinha defendido Francisco Assis, Seguro afirma que Passos Coelho está a ir contra aquilo que defendeu e lembra que o actual primeiro-ministro tinha mesmo afirmado que não poderia haver aumento de impostos para 2011». Além disso, frisa que Passos Coelho sempre defendeu o corte da despesa, mas anuncia apenas uma medida de aumento da receita.

Passos Coelho respondia dentro da sala. O primeiro-ministro recordou que a medida só será apresentada «em detalhe» nas próximas duas semanas, mas frisou que só se aplica ao «equivalente financeiro a 50% do subsídio de Natal que exceda o salário mínimo», ou seja, «apenas aqueles que têm rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional serão dispensados desse esforço». Passos Coelho diz que isso garante ainda «que a larga maioria de pensionistas não será abrangida». «Chama-se a isto justiça na distribuição dos sacrifícios», assegurou.
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