Parlamento: todos querem Passos Coelho

Primeiro dia do Parlamento na nova legislatura. Louçã cumprimenta Seguro; Aguiar Branco, Carlos Moedas, Pedro Mota Soares e Assunção Cristas são agraciados por todos; Francisco José Viegas chegou atrasado. O toca a reunir na Assembleia da República juntou caras que não se viam há muito tempo e serviu de último acto para alguns deputados eleitos que vão assumir funções governativas.

As gravatas também disseram muito. José Lello com uma rosa socialista choque, Nobre com uma verde presidencial e Passos Coelho com uma sóbria em tons de azul. À entrada para o hemiciclo o novo primeiro-ministro indigitado disse estar confiante na eleição de Nobre para a Presidência da Assembleia da República e sentou-o à sua esquerda na primeira fila da bancada.

Mas todos queriam Passos Coelho. Cumprimentá-lo, abraçá-lo, desejar-lhe boa sorte. O novo primeiro-ministro distribuiu simpatia, mas raramente parou enquanto percorria os corredores, atarefadíssimo. No único dia desta Legislatura em que teve de se sentar na bancada de deputados, cumpriu as tarefas com paciência e partiu rapidamente para o trabalho. É preciso reunir com a bancada, falar com quem vai trabalhar todos os dias no Parlamento e cumprir os últimos esforços para garantir a eleição de Fernando Nobre.

Cumprindo o ritual de passagem, Miguel Macedo deu início aos trabalhos, desejando uma legislatura profícua e saudando Jaime Gama, o anterior Presidente da Assembleia da Republica. Mas a maior ovação (de pé) foi para Celeste Correia, que assistiu Guilherme Silva interinamente na sessão de hoje e que se despede do Parlamento.

Do lado da oposição, palavras apenas do PS, pela voz de Maria de Belém, que felicitou o PSD pela vitória nas eleições. Enquanto não há novo líder do partido, Assis senta-se na última fila, ao lado de Vitalino Canas, Basílio Horta e André Figueiredo, enquanto Seguro distribui sorrisos.