Passos acusa Governo de «campanha» contra PSD - TVI

Passos acusa Governo de «campanha» contra PSD

Presidente do PSD diz que falta sentido de Estado aos membros do Governo

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou este domingo os membros do Governo, como o primeiro-ministro e ministros, de não terem «sentido de Estado», ao utilizarem as suas funções para «fazer campanha» contra um partido político, noticia a Lusa.

O líder social-democrata foi a Peso da Régua encerrar o XII Congresso Nacional dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), que esta manhã elegeram Pedro Roque como novo secretário-geral.

Passos Coelho centrou grande parte do seu discurso nas questões económicas e disse não entender porque é que o Governo continua a «desviar recursos na economia para o que não é necessário e não manda parar, enquanto vai a tempo, aquilo que pode consumir mais recursos no futuro e custar mais emprego em Portugal».

O presidente do PSD referia-se especificamente ao TGV e acrescentou que também não entende porque é que o Governo «ainda faz a festa que anda a fazer».

«A campanha eleitoral que anda a fazer e os comícios que anda a fazer abusando do facto de os senhores ministros, secretários de Estado e mesmo o próprio primeiro-ministro não terem noção dos lugares que desempenham», salientou.

Isto porque, acrescentou, quando «utilizam as suas funções para fazer campanha eleitoral contra um partido político, como é o PSD, mostram que não têm sentido de Estado e que não sabem desempenhar as funções para que foram eleitos».

Passos Coelho fez ainda questão de justificar o projecto de alteração dos contratos a termo, que o PSD apresentou na Assembleia da República, como uma «medida excepcional» precisamente porque Portugal vive uma «situação extraordinária», em que as oportunidades de emprego escasseiam.

«Nós avançámos com um projecto que não tem a ambição de ser um projecto que mude o mundo laboral em Portugal. Assumimo-lo com frontalidade, era uma medida excepcional para estes próximos três anos. Nós preferimos que as pessoas tenham contratos com maior precariedade do que não tenham pura e simplesmente trabalho», sublinhou.

À oposição da esquerda a este projecto, o líder do PSD considerou que o Governo prefere, «por pressão externa, dizer que é preciso para novos contratos tornar mais fácil e barato despedir, mas não aceita que haja a possibilidade de que jovens portugueses possam ter mais possibilidade de emprego».

«Se este é um problema ideológico, quem ideologicamente se opõe que haja em circunstância de excepção medidas excepcionais que facilitem o emprego, devia rever a sua ideologia», frisou.
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