Passos diz que manifestações não são representativas dos portugueses - TVI

Passos diz que manifestações não são representativas dos portugueses

«Grândola»: PM defende que comportamento dos portugueses tem sido «quase exemplar». Sobre a recessão, Passos culpa a Europa

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As manifestações sucessivas contra ministros «não são comportamentos representativos da experiência democrática» portuguesa, disse esta sexta-feira em Viena o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Nas últimas semanas, vários ministros foram interrompidos durante intervenções públicas por manifestantes que cantam «Grândola, Vila Morena». Durante uma conferência de imprensa conjunta com o chanceler austríaco, Werner Faymann, Passos Coelho foi questionado sobre se estes protestos são representativos do sentimento popular.

«São situações que têm tornado, sobretudo num caso especifico [o do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas], mais difícil aos ministros expressar-se. O Governo já disse o que tem a dizer a este respeito», afirmou Passos Coelho.

«Direi apenas que não são comportamentos daquilo que é a nossa experiência democrática ou do que tem sido, até hoje, o comportamento dos portugueses, que tem sido, quase exemplar e bastante maduro, se atendermos às grandes dificuldades que estamos a atravessar».

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«Direi apenas que não são comportamentos representativos da nossa experiência democrática ou do que tem sido até hoje o comportamento dos portugueses, que tem sido quase sempre exemplar e maduro, atendendo às grandes dificuldades» que o país atravessa.

«Não se deve confundir a árvore com a floresta», acrescentou o chefe do Governo. «Todos os portugueses distinguem bem o que são comportamentos pontuais».

A música de Zeca Afonso tem sido entoada em várias presenças de ministros, em manifestações organizadas pelo movimento «Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas», que tem uma manifestação agendada para o dia 2 de março.

Nesta conferência de imprensa, Passos Coelho culpou a Europa pela maior recessão em Portugal. De acordo com as previsões divulgadas esta manhã pela Comissão Europeia, a economia portuguesa vai contrair-se 1,9% este ano e o desemprego irá atingir 17,3% em Portugal.

Passos Coelho conclui uma visita de 24 horas a Viena. Para além de um encontro com o chanceler austríaco, Werner Faymann, o governante português vai ainda encontrar-se com o Presidente federal da Áustria, Heinz Fischer.
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