«Passos soma austeridade à austeridade» - TVI

«Passos soma austeridade à austeridade»

Líder do Partido Socialista diz que caminho não incentiva a economia

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António José Seguro distanciou-se do que diz ser um modelo de «somar austeridade a austeridade», que diz ter sido assumido por Passos Coelho, como forma de sair da crise.

O líder do Partido Socialista foi questionado sobre as políticas do novo Governo pela directora de campanha do PSOE, Elena Valenciano, no arranque de um debate que reúne líderes progressistas e socialistas em Madrid.

«Perguntou-se sobre as diferenças com Pedro Passos Coelho em Portugal. Há uma diferença profunda: o primeiro-ministro português acredita que somando austeridade a austeridade resolve os problemas das contas públicas. E que resolvendo os problemas das contas públicas, como por automatismo, o país começa a crescer automaticamente», afirmou, acrescentando:

«Não concordo. Considero que é necessário agir dos dois lados. A austeridade é importante para consolidar as contas públicas, mas se gerar recessão é um disparate, como aconteceu na Grécia».

Para «evitar esse disparate», Seguro defende uma «estratégia sustentável de crescimento económico» apoiando o sector exportador e as PME para que possam produzir «bens transaccionáveis», aumentando a produção nacional e assim «criar riqueza, crescer e gerar novos empregos».

«Temo muito que a Espanha possa fazer uma opção semelhante à que está a ser feita em Portugal. Uma opção errada que cria ilusão no momento mas que no futuro sairá muito cara aos espanhóis com esta a sair muito cara aos portugueses», frisou, passando ao ataque:

«Sempre fomos defensores de uma economia de mercado, mas não numa sociedade de mercado. E estamos a transformar-nos numa sociedade de mercado. Nesta era de turbulência, que está mais abrigado são os especuladores que têm paraísos fiscais. Quando há 40 milhões de europeus que não podem ter mais que uma refeição por dia.

No meu país um em cada três jovens não tem emprego. Que globalização é esta? Onde está a política. O problema é que na globalização o poder não está onde está a política e a política não tem poder para regular a globalização».
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