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PCP separa PEC da demissão do Governo

Jerónimo de Sousa considera que chumbo a mais austeridade não é uma moção de censura, mas recorda que o PCP nunca excluiu a possibilidade de apresentar uma

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Última actualização às 17:05

Para o PCP, querer associar o chumbo do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) a uma eventual queda do Governo, trata-se de uma «chantagem» que os comunistas não aceitam. O líder do partido, Jerónimo de Sousa, disse esta tarde, depois de reunir-se com o primeiro-ministro, que a oposição às medidas de austeridade e a demissão do Executivo são coisas «diferentes».

«A derrota daqueles conteúdos não pressupõe a demissão do Governo, será quando muito, decisão do próprio», disse Jerónimo de Sousa aos jornalistas. «Não nos sujeitaremos a esta chantagem de que a derrota do PEC significa a demissão do Governo».

Para o líder comunista, querer estabelecer uma relação causa-efeito entre a oposição ao PEC e o fim deste Executivo «é estar a confundir as coisas».

«A nossa posição é clara: contra este PEC. Se em relação a isto existir uma crise política, o Governo saberá, o Governo decidirá».

«Nós quisemos afirmar claramente ao senhor primeiro-ministro que aquilo que estará em causa na próxima semana é o PEC com as suas medidas e com a sua substância. Não se trata de nenhuma moção de censura, não se trata da exigência de uma decisão institucional», apontou.

Mas, sobre uma eventual moção de censura, Jerónimo de Sousa recordou que o seu partido «sempre disse que não exclui essa possibilidade».

«Somos contra o PEC porque somos contra o congelamento das pensões e das reformas, porque somos contra o congelamento dos salários, porque somos contra o aumento dos impostos, porque somos contra que a banca, os grandes grupos económicos, não paguem um cêntimo na sua participação de sacrifícios», salientou.
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