PCP vai votar a favor da moção do Bloco - TVI

PCP vai votar a favor da moção do Bloco

Comunistas fizeram anuncio através de um comunicado e após conhecerem conteúdo do documento

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O PCP anunciou este sábado que vai votar favoravelmente a moção de censura ao Governo que o Bloco de Esquerda apresentará em Março, se se confirmar «o conteúdo anunciado», escreve a Lusa.

Em comunicado, os comunistas declaram que votarão a favor da moção de censura que o Parlamento vai discutir a 10 de Março, mas salientam que esta votação ocorrerá «sem prejuízo» da sua «intervenção própria» e «a confirmar-se, entretanto, o conteúdo anunciado».

O PCP considera que o país enfrenta «uma das mais violentas ofensivas contra os direitos dos trabalhadores e do povo português desde o fascismo, decorrente da política de direita desenvolvida pelo Governo PS - com apoio, nos seus eixos essenciais, do PSD, do CDS e do Presidente da República - ao serviço dos grupos económicos e financeiros».

Os comunistas defendem que «é no desenvolvimento e intensificação da luta de massas, na acção combativa dos trabalhadores, da juventude e do povo, que reside a força capaz de impor a necessária ruptura com a política de direita que abra caminho a uma política patriótica e de esquerda de que o país precisa e na qual o PCP está empenhado».

Depois de nos últimos dias dirigentes comunistas terem remetido para mais tarde o anúncio sobre o sentido de voto da iniciativa do grupo parlamentar do BE, alegando aguardar pelo conteúdo da moção de censura, o PCP acabou por anunciar hoje a sua posição, na véspera do início das jornadas parlamentares, que decorrem até terça-feira na Madeira.

Em declarações à Lusa, o líder parlamentar comunista, Bernardino Soares, afirmou que a direcção do PCP tomou esta decisão entre sexta-feira e hoje, depois de na noite de sexta-feira ter sido divulgado o teor da moção do Bloco - cujo conteúdo não quis comentar.

Questionado sobre se e quando os comunistas admitem apresentar uma moção de censura, o presidente da bancada comunista referiu não existir qualquer «cálculo em relação a isso». «Mantemos em aberto essa possibilidade, mas para já não há nenhuma perspectiva», disse Bernardino Soares.
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