Santana quer convergência entre PSD, PS e CDS - TVI

Santana quer convergência entre PSD, PS e CDS

Antigo primeiro-ministro apelou aos socialistas para não se colocarem de fora dos «grandes desígnios nacionais»

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Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira uma convergência entre o PSD, o PS e o CDS-PP sobre as causas da actual situação nacional, sobre muitas decisões políticas e, se possível, sobre a revisão constitucional.

Santana Lopes, numa intervenção nas jornadas parlamentares do PSD, no Fundão, apelou aos socialistas para que não se ponham «de fora dos grandes desígnios nacionais» e não se limitem a aceitar, com «uma visão restritiva», o programa de ajuda externa a Portugal, noticia a agência Lusa.

O antigo primeiro-ministro, num comentário às palavras do novo secretário-geral do PS, António José Seguro, no congresso de Braga deste fim-de-semana, comparou os socialistas a alguém a quem se emprestou a casa durante um período de férias e que a deixou toda partida e depois critica quem a tenta reconstruir.

«Fez-me ocorrer a imagem de umas pessoas a quem se empresta casa, ou que tomem conta da nossa casa durante um período de férias, ou de Erasmus, ou seja o que for, e que partem a casa toda, dão cabo da casa toda. E que depois quando regressamos à casa, ainda por cima, se põem de fora a dizer mal de nós porque estamos a comprar cimento e tijolo e telhas para reconstruir a casa de que eles deram cabo. É algo absolutamente incompreensível», disse.

O antigo presidente do PSD e actual vereador da Câmara Municipal de Lisboa manifestou-se a favor de um entendimento político alargado que inclua os socialistas.

«Mas eu gostava, gostava muito, muito, muito, de ver as actuais lideranças, com o nosso partido liderado pelo doutor Pedro Passos Coelho, o PS liderado pelo doutor António José Seguro, o CDS-PP liderado pelo doutor Paulo Portas serem capazes de patrocinar, na revisão constitucional, quando for, quando o PS entender que também é chegado o tempo de fazer a revisão constitucional, na legislação ordinária que o Parlamento pode produzir e em muita decisão política, chegar a conclusões comuns sobre o estado a que chegou Portugal», disse.

Santana Lopes revelou que gostava que esses três partidos chegassem a um consenso sobre o que apelidou de «os quatro E, que marcam quatro erros» dos últimos anos, «entrar no euro quando entrámos e da maneira que entrámos; Escolha do sistema de Governo mais complicado do mundo, o semi-presidencial; Esquecimento do território, da agricultura; Endividamento».

se os socialistas não quiserem fazer a revisão constitucional porque esta lhes faz «cócegas», o PSD deve insistir, então, num acordo sobre soluções de longo prazo para a «interioridade», que promovam a coesão do território, disse o antigo primeiro-ministro.
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