Mário Soares acredita que há uma «luz ao fundo do túnel» para a crise portuguesa e europeia.
O ex-Presidente da República avisa que nenhum líder deverá deixar cair o projecto da União.
Soares quis «sublinhar» a missão de político, «numa altura em que ser político é quase uma vergonha», no seu último livro, que revela que um líder é aquele que «não pede desculpa».
«Não quis salientar que era um memorialista, queria salientar que era um político e fui sempre um político, numa altura em que ser político é quase uma vergonha», contou Mário Soares na apresentação do seu último livro, «Um político assume-se - ensaio autobiográfico político e ideológico», esta quarta-feira, em Lisboa.
«Trabalhei de uma maneira coerente ao serviços dos outros e isso é que é ser político», afirmou Mário Soares, defendendo que esse papel é incompatível com o de «homem de negócios».
Actualmente, apontou o antigo Presidente, «o que conta são os mercados, que governam os Estados e querem destruir os políticos».
Numa sala do Centro Cultural de Belém lotada, Soares agradeceu a presença do secretário-geral do PS, António José Seguro.
«Não votei nele nem no outro [Francisco Assis] por uma razão muito simples, porque achava que os dois eram excelentes e tinham condições perfeitas para uma substituição muito difícil. Por isso mesmo e, como era amigo dos dois, achei que não devia votar em nenhum», disse.
Soares vê «uma luz ao fundo do túnel»
- Redação
- CP
- 30 nov 2011, 20:04
Socialista espera que os líderes não deixem cair o projecto europeu
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