OE2021: PCP mantém opções em aberto, mas admite que voto a favor está “mais distante” - TVI

OE2021: PCP mantém opções em aberto, mas admite que voto a favor está “mais distante”

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  • 21 out 2020, 16:05
João Oliveira

Delegação comunista reuniu-se com o primeiro-ministro na tarde de terça-feira

O PCP admitiu esta quarta-feira que “naturalmente” o voto favorável no Orçamento do Estado de 2021 está “mais distante” e insistiu que mantém todas as opções em aberto, como a abstenção e o voto contra.

O voto a favor está naturalmente mais distante do que as outras duas possibilidades, mas não há nenhuma decisão tomada quanto a isso. Mantém-se a possibilidade de qualquer sentido de voto”, afirmou aos jornalistas, no parlamento, João Oliveira, líder da bancada parlamentar do PCP, um dia depois de uma delegação comunista se ter reunido com o primeiro-ministro, António Costa, na terça-feira à tarde.

A uma semana da votação na generalidade, na Assembleia da República, o Governo ainda não tem garantida aprovação do Orçamento do Estado de 2021, estando em conversações com o BE, PCP, PEV e PAN.

Sem nenhum calendário fixado para tomar uma decisão, até 28 de outubro, dia da votação na generalidade e quando terá de ter uma posição, João Oliveira insistiu que há “insuficiências da proposta do orçamento face às necessidades do país”.

Sem comentar propostas feitas pelo executivo, o líder da bancada comunista afirmou que o que “falta saber é verdadeiramente qual a perspetiva que o Governo tem para a resposta global para esses problemas, dentro do Orçamento do Estado e fora dele”.

Problemas que, exemplificou, a pandemia de covid-19 agravou na saúde e que o levaram a dizer ser essencial “mais investimento público e contratação de trabalhadores para os serviços públicos”.

A “situação grave” do país não “permite que se considerem duas ou três medidas e quatro ou cinco alterações para se dizer” que é possível “descansar que o OE vai dar resposta aos problemas”, afirmou ainda.  

“Não é possível achar que os problemas se resolvem sem gastar dinheiro”, disse João Oliveira, insistindo que “é preciso gastar dinheiro do Orçamento do Estado para resolver os problemas”, por exemplo, com as dificuldades no acesso às consultas, a tratamentos ou com a sobrecarga com os profissionais de saúde ou ainda com a falta de pessoal nas escolas.

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