Cavaco Silva não votou nas eleições autárquicas do último domingo. O ex-Presidente da República revelou, esta quarta-feira, que estava na Escócia, no casamento de um familiar próximo, o que o impediu de participar nas eleições.
Em declarações ao jornal ECO, à margem da apresentação do livro “Ética aplicada à Economia”, Aníbal Cavaco Silva justificou a recusa sublinhando que não faz parte do grupo de “políticos que estão no ativo ou comentadores profissionais”.
Acontece, até, que eu não votei, porque estava num casamento de um familiar muito próximo na Escócia no próprio dia e por isso só acompanhei já na segunda-feira o que tinha aqui ocorrido”, acrescentou.
Voto antecipado? Não podia
Segundo a lei eleitoral, alguém que se desloque ao estrangeiro por um motivo como este não pode pedir para votar por antecipação.
"O facto de estar de férias não é uma situação que justifique legalmente o exercício do voto antecipado", diz o site da Comissão Nacional de Eleições.
Cavaco Silva não comentou o resultado das eleições, mas falou de Pedro Passos Coelho para dizer que o líder do PSD "deu o seu contributo para que Portugal a partir de 2013 entrasse numa trajetória de crescimento económico, redução do desemprego e melhoria das condições de vida da população que felizmente para todos tem vindo a acentuar-se".
Cavaco Silva atribui este desempenho positivo da economia nacional à “excelente situação da economia europeia e dos benefícios que Portugal retira do turismo e das exportações”, bem como da “imagem de segurança que Portugal projeta e da hospitalidade dos portugueses”.
Relativamente à decisão de Passos Coelho de não se voltar a candidatar à liderança do PSD, o ex-Presidente da República apenas afirmou que "compete aos militantes tomarem as decisões que considerem melhores não só para o partido, mas acima de tudo para o país".