Sócrates: Portugal pode ajudar a Grécia

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira à noite, em Bruxelas, um acordo ao nível da Zona Euro sobre um mecanismo de ajuda à Grécia, que contempla apoios bilaterais dos países da moeda única, com participação minoritária do FMI.

«Houve um acordo e esse acordo é importantíssimo. Acho que a Europa dá aqui um grande sinal de grande unidade e de empenhamento naquilo que é a estabilização financeira da Zona Euro», declarou.

José Sócrates precisou que «é um acordo que responde ao problema, que envolve também o FMI [Fundo Monetário Internacional], mas que assegura uma participação da Zona Euro maioritária se o problema se puser, se se revelar necessário o apoio à Grécia».

O chefe de Governo sublinhou que não foi tomada uma decisão de ajuda, porque tal ainda não se revelou necessário, e «o que se espera é que não seja necessário», mas ficou agora «clara a vontade da Zona Euro de agir se for necessário, caso se verifique algum problema».

Nessa eventualidade, «todos [os países da Zona Euro] participarão» na ajuda, incluindo Portugal.

«Não se trata de ajudar a Grécia a pagar as suas dívidas. Trata-se, isso sim, de dar um sinal claro de que estaremos ao lado da Grécia», assegurando nos empréstimos bilaterais «taxas de juro razoáveis e não especulativas».

Para o primeiro-ministro, o acordo foi «principalmente uma decisão contra a especulação financeira», já que toda a situação foi alimentada por um «movimento apenas especulativo, que vivia da dúvida e da incerteza».

«Este acordo vem colocar um ponto final nessa dúvida e nessa incerteza», concluiu.